Folha de S. Paulo


Centro de segurança para a Copa em SP é o mais atrasado do país

Maior ação de segurança para a Copa-2014, o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) em São Paulo, palco da abertura do Mundial, é o mais atrasado, segundo o governo federal.

Junto com o Maracanã, palco da final, o Itaquerão é o estádio com maior procura de ingressos para a Copa.

São Paulo deverá ainda exigir uma operação maior, já que vai atrair autoridades de todo o mundo no jogo da seleção brasileira que abrirá o Mundial de 2014.

A nove meses do campeonato, apenas 17% da unidade prevista para ser implantada no centro da cidade está concluída. O percentual é 4,6 vezes menor que a média nas sedes, de 78,63%.

Os dados são da Sesge (Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos) do Ministério da Justiça, compilados até setembro.

Está prevista a instalação dos centros nas 12 cidades-sede, com a integração das diferentes forças de segurança.

Há ainda uma 13ª estrutura, já concluída em Brasília, que funcionará como um comando geral.

Os Estados foram orientados a seguir a estrutura da unidade nacional, reproduzindo ambientes como a sala de crise.

Dos 13 centros, oito já foram concluídos ou têm uma taxa de implementação acima de 90%.

Além de São Paulo, figuram entre os mais atrasados Rio Grande do Sul e Amazonas, esses com 43% de conclusão --mais que o dobro da unidade paulista.

OUTRO LADO

A instalação dos centros é uma parceria entre Estados e o governo federal, que comprou e vai instalar os equipamentos e sistemas.

Aos governos locais, cabe ceder o espaço para montar a estrutura. Isso deveria ter acontecido, segundo o planejamento oficial do ministério, até fevereiro deste ano.

Mas São Paulo, por exemplo, só oficializou em abril, num decreto do governo, o local do centro. Ficará na rua Jorge Miranda, no bairro da Luz, no centro da cidade. Vai adaptar um prédio que já existe.

O Estado informou que, além de ceder o imóvel, sua parte prevê apenas obras externas como pintura, no valor de R$ 800 mil. Todo o restante cabe ao governo federal, de acordo com o Comitê Paulista da Copa.

"O governo do Estado confia que a Sesge concluirá a implantação do centro em tempo hábil para sua utilização na Copa", informou o Comitê Paulista da Copa.

Apesar dos atrasos, o planejamento oficial do Ministério da Justiça é ter tudo pronto antes do campeonato.

"O andamento da implantação de cada centro deve ser avaliado de acordo com as peculiaridades de cada local, todavia, os centros estarão em funcionamento na Copa de 2014", garante a Sesge.

A secretaria pondera que os critérios de mensurar as obras nos Estados podem não ser os mesmos usados pelo governo federal.

No total, a segurança para a Copa do Mundo consumirá R$ 1,17 bilhão --66% irão para esses centros.

Editoria de Arte/Folhapress
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