Folha de S. Paulo


Felipão usa torcidas 'rivais' para ganhar apoio dos mineiros contra o Uruguai

O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, reforçou nesta terça-feira o apoio dos torcedores no Mineirão.

Com um protesto marcado para os arredores do estádio, a seleção decidirá na quarta-feira, a partir das 16h, diante do Uruguai uma vaga na final da Copa das Confederações.

"Os torcedores têm se manifestado com um carinho fantástico [dentro dos estádios]. Antes do início da competição, pedimos o apoio e eles nos deram. Espero que a torcida faça a diferença amanhã aqui, assim como as dos outros estados fizeram", disse o treinador, se referindo aos jogos disputados em Brasília, Salvador e Fortaleza, quando o time foi aplaudido (ou ao menos não foi vaiado).

O estádio mineiro foi palco da última grande vaia para a seleção, já sob o comando de Felipão. Em abril, o time empatou por 2 a 2 em amistoso contra o Chile --nem mesmo a presença de Ronaldinho, ídolo do Atlético-MG, poupou o Brasil das críticas.

A Polícia Militar de Minas prevê a participação de milhares de manifestantes nas ruas de Belo Horizonte desde a manhã de quarta. No sábado, mais de 60 mil pessoas protestaram antes do México vencer o Japão, por 2 a 1, no Mineirão.

O hotel da seleção deverá ser um dos pontos de parada dos manifestantes.

O atacante Fred admitiu que está preocupado com os protestos fora do Mineirão.

Na entrevista desta terça, Felipão não quis falar muito sobre a manifestação programada para amanhã em Belo Horizonte.

"Que cada um busque uma alternativa melhor trabalhando junto para daqui a uns anos termos um país melhor em todas as áreas", afirmou o treinador.

O técnico da seleção disse que o time evoluiu na Copa das Confederações, mas terá que percorrer "um caminho bem longo" para chegar entre os cinco melhores.

"Estamos resgatando a história da seleção, mas ainda falta um caminho bem logo para falar que somos iguais a umas cinco seleções do mundo", acrescentou.


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