Em sua sétima edição, esta é a primeira vez que a Copa das Confederações não tem nenhuma zebra. Nas 12 partidas realizadas na primeira fase do torneio não houve nenhuma surpresa nos resultados, o que também não ocorrerá nas semifinais nem na final da competição.
Tudo por que o torneio, que serve de preparação para a Copa do Mundo de 2014, terá clássicos nas semifinais e na final, portanto, sem chances de zebras. Sem contar que a fase final contará com a presença de quatro campeões mundiais: Brasil, Espanha, Itália e Uruguai.
Na quarta-feira, Brasil e Uruguai fazem a primeira semifinal em Belo Horizonte. No dia seguinte, em Fortaleza, Espanha e Itália disputam a outra vaga na final, reeditando a decisão da última Eurocopa.
A primeira fase da Copa das Confederações terminou sem sustos para os favoritos. No Grupo A, o Brasil terminou em primeiro lugar, ao derrotar Japão, México e Itália, que se classificou em segundo.
No Grupo B também deu a lógica, com a Espanha, atual campeã mundial, vencendo Uruguai, Taiti e Nigéria.
A seleção da Oceania, com apenas um jogador profissional entre os 23 convocados, confirmou as expectativas de que seria o saco de pancadas do torneio: com três derrotas, sofreu 24 gols e marcou apenas um.
Nas seis edições anteriores da competição houve pelo menos uma zebra. Em 1997, a Austrália surpreendeu ao derrotar o Uruguai (1 a 0) na semifinal e chegar à decisão contra o Brasil, que sagrou-se campeão.
A edição seguinte, disputada em 1999, no México, terminou com a equipe da casa conquistando o título, ao bater o Brasil na final. O torneio daquele ano também teve outras zebras, como a derrota da Alemanha para os Estados Unidos, por 2 a 0.
Em 2001, em edição realizada na Coreia do Sul e no Japão, novas surpresas. Na primeira fase, o Brasil empatou em 0 a 0 com a fraca seleção do Canadá. No mesmo ano, a Austrália também surpreendeu ao bater o México por 2 a 0.
Dois anos depois, na França, a maior a zebra foi africana. Com ótima campanha, a seleção de Camarões derrotou o Brasil na fase inicial (1 a 0), além de chegar à final do torneio, quando foi derrotada pela França apenas na prorrogação.
Em 2005, na Alemanha, o único tropeço de um favorito aconteceu na primeira fase, com a derrota do Brasil para o México, por 1 a 0. Apesar do susto, a seleção comandada por Carlos Alberto Parreira engrenou na segunda fase, derrotando a Alemanha na semifinal e goleando a Argentina por 4 a 1 na final.
Já na penúltima edição da Copa das Confederações, disputada na África do Sul, com novo título do Brasil, a maior surpresa foi a campanha da seleção dos Estados Unidos.
O time americano terminou a fase inicial da competição em segundo lugar, atrás apenas do Brasil, deixando a Itália -que perdeu para o Egito por 1 a 0- de fora das semifinais. A seleção americana ainda chegou à final do torneio após eliminar a Espanha na semi. Na decisão, chegou a abrir 2 a 0 contra o Brasil, mas levou a virada (3 a 2) e perdeu o título para o time comandado por Dunga.