Folha de S. Paulo


Protestos diminuem e dão alívio para a Fifa

Era grande a preocupação da Fifa com o que iria acontecer ontem em Salvador. Ao fim do jogo entre Brasil e Itália, a sensação era de alívio.

Houve protestos no lado de fora da Fonte Nova e confronto entre polícia e manifestantes, mas não na proporção em que ocorreram na noite de quinta-feira.

No meio da semana, enquanto Nigéria e Uruguai se enfrentavam em campo, manifestantes apedrejaram ônibus usados pela Fifa e o hotel onde estão hospedados alguns de seus funcionários.

Ronaldo, ex-jogador e integrante do COL, que estava dentro do hotel, relatou ter sido afetado pelo gás lacrimogêneo usado pela polícia.

"Eu estava aqui em cima e o vento trouxe o gás e meus olhos arderam, foi muito ruim", relatou o ex-atleta.

A situação toda fez a Fifa e seus parceiros estudarem um plano B para os jogos finais da Copa das Confederações, como a Folha revelou na tarde de sexta-feira.

Ontem, a Fifa determinou que os ônibus das delegações deixassem seus hotéis com uma hora de antecedência, para evitar atrasos motivados por vias fechadas por manifestações --como ocorreu anteriormente tanto em Brasília quanto em Fortaleza.

Em Salvador, quem passou sufoco ontem foram os torcedores. Dentro do estádio, alguns bares estavam fechados, outros tiveram problemas para aceitar cartões de débito e o sinal de celular não pegou.

Em Belo Horizonte, os protestos perto do Mineirão foram mais violentos e chegaram a reunir 60 mil pessoas.

Na noite de sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff fez pronunciamento em cadeia nacional de TV e rádio, que foi bem recebido pela Fifa.

"Reafirmamos nossa colaboração com o governo para realizar com segurança e sucesso a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, para que todos os torcedores possam desfrutar", disse o porta-voz da entidade, Pekka Odriozola, em entrevista coletiva concedida no Rio de Janeiro.


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