Os protestos em Curitiba nesta sexta-feira tiveram como alvo o estádio Arena da Baixada, um dos palcos que serão utilizados durante a Copa do Mundo em 2014. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Paraná, um grupo se dirigiu ao estádio do Atlético-PR para reclamar sobre o Mundial, segundo reportagem do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
Mas a manifestação em direção ao estádio do time acabou em confusão após o encontro entre ativistas e torcedores do clube paranaense. Um grupo de 100 fanáticos pelo Furacão aguardavam a passeata armados com fogos de artifício, pedras, paus e correntes, que tinham o objetivo de defender a arena.
A assessoria de comunicação da PM confirmou que houve um confronto entre torcedores e manifestantes, sem a participação do policiamento, que não estava no local quando se iniciou a confusão. Na disputa, os fãs do clube paranaense chegaram a soltar fogos de artifício em direção aos ativistas.
Segundo a polícia, as agressões não resultaram em prisões no estádio paranaense. Em relação a feridos, o departamento de comunicação disse que nenhuma queixa foi registrada.
Protestos durante a Copa das Confederações
A atitude dos torcedores recebeu elogios de Antonio Carlos de Pauli Bettega, presidente do conselho deliberativo do clube paranaense.
"O pessoal está confundido a vítima que somos nós com os culpados da situação brasileira. Não é possível um local privado ser atacado por vândalos porque quem está aqui protestando não é população, são vândalos aproveitando o movimento para quebrar nosso patrimônio. Queria agradecer a torcida organizada que veio aqui para defender seu patrimônio, isso é patrimônio da torcida. Queria agradecer PM que correu ao estádio para defender sem usar nada de violência, usando simplesmente a força tática", falou o dirigente à rádio Banda B.
Segundo da Polícia Militar, a manifestação em Curitiba reuniu 15 mil pessoas. Posteriormente, eles foram divididos em dois grupos, um em direção a Arena, formado por 5 mil manifestantes, e o outro ao Palácio Iguaçu, com 10 mil ativistas.