Folha de S. Paulo


Jogo entre Santos e Flamengo em Brasília registra a maior renda do futebol brasileiro

No primeiro evento no estádio com bastante público, o Estádio Nacional de Brasília registrou um total de 63.510 pessoas, e a renda alcançou R$ 6,9 milhões --um novo recorde, superando os R$ 6,6 milhões de Brasil e Argentina, em 2008, no Mineirão --na semana passada, a arena havia sido inaugurada com um terço da capacidade, na decisão do Estadual.

No entanto, o torcedor enfrentou longas filas para conseguir entrar no estádio para acompanhar a despedida de Neymar no jogo entre Flamengo e Santos.

A partida serviu para a Fifa acertar os últimos detalhes antes da Copa das Confederações --o estádio será palco da abertura do torneio, no dia 15, entre Brasil e Japão.

Pedro Ladeira/Folhapress
Torcedores, a maioria do Flamengo, veem o jogo entre o time do Rio e o Santos, no Estádio Nacional, em Brasília
Torcedores, a maioria do Flamengo, veem o jogo entre o time do Rio e o Santos, no Estádio Nacional, em Brasília

A espera nas filas para entrar chegou a duas horas. A demora ocorreu porque a Fifa exige que o torcedor passe por uma pré-entrada, onde é verificado o ingresso e uma revista é feita. O torcedor ainda passa por um raio-x.

Essa demora durou até pouco antes da partida, quando o estádio ainda não estava cheio. Os torcedores que entraram minutos antes do do jogo relataram que essa pré-entrada foi liberada. A organização informou que liberou apenas a checagem da autenticidade do ingresso.

Além da fila, tiveram problemas de infraestrutura, como falta de energia. No vestiário do Flamengo, havia somente água fria nos chuveiros. Os organizadores informaram que tudo foi testado e aprovado antes do jogo.

Apesar de a Fifa prometer rigor durante a Copa das Confederações, não foi exigida ontem a carteira de estudante para os torcedores que compraram meia-entrada.

Como todo evento com padrão Fifa, o lugar de cada torcedor era marcado e, além da segurança policial, assistentes monitoravam e orientavam o público. Ainda assim, ocorreram falhas.

Como não havia lugar separado para as torcidas de Santos e Flamengo, a ideia era dispersar o público e, assim, evitar as organizadas. No entanto, a organização da partida preferiu concentrar uma parte dos santistas atrás de um dos gols para poder isolá-la por um cordão de policiais militares. A maioria no estádio era flamenguista.

Ricardo Trade, do Comitê Organizador Local, disse que o estádio estará melhor na Copa das Confederações.


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