Folha de S. Paulo


Chape vai à Justiça e pede indenização da seguradora da LaMia

A Chapecoense anunciou nesta quarta-feira (29) que entrou na Justiça contra a Bisa Seguradora, seguradora contratada pela companhia aérea LaMia no período do acidente aéreo ocorrido há um ano em Medellín, na Colômbia. Na ação de pedido indenizatório figura também órgãos do governo boliviano, que não foram especificados pelo clube.

O acidente com a delegação do clube, que matou 71 pessoas, completa um ano nesta quarta-feira. Segundo o comunicado, mais informações serão fornecidas na sexta-feira, dia 1º de dezembro.

Em maio, e empresa Bisa, seguradora contratada pela Lamia, alegou no processo judicial que a apólice da companhia aérea boliviana não estava em vigor por falta de pagamento.

A seguradora também alegava que seu contrato com a empresa de aviação não previa voos para a Colômbia, onde ocorreu a tragédia.

Porém, cerca de um mês depois, o governo boliviano considerou válida a apólice da Lamia com a seguradora Bisa e afirmou que a empresa teria que indenizar as vítimas do acidente com a delegação da Chapecoense em 2016.

O valor a ser dividido entre sobreviventes e familiares dos mortos é de US$ 25 milhões (cerca de R$ 81 milhões). A empresa ainda tentou um acordo de US$ 200 mil (aproximadamente R$ 650 mil) com os representantes das vítimas - sem sucesso.

O valor da apólice, quando pago, não será dividido igualmente. Será feito um cálculo levando em consideração a expectativa de vida de cada uma das vítimas - os mais jovens receberão mais que os mais velhos.

O COMUNICADO

A Associação Chapecoense de Futebol vem a público informar que no dia 29 de novembro de 2017, ajuizou perante a 4ª Vara Cível da Comarca de Chapeco, ação com pedido indenizatório em que figuram como réus a BISA Seguradora e Órgãos do Governo Boliviano.

Pela medida judicial a Associação Chapecoense de Futebol requer a condenação e o pagamento das indenizações decorrentes dos danos causados pelo acidente aéreo ocorrido em 29/11/2016.

Informações mais detalhadas serão enviadas aos familiares das vítimas, associações de familiares e ao público em geral após reunião do Conselho Gestor da ACF a se realizar no próximo dia 1.12.2017.


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