Folha de S. Paulo


Cartola das Ilhas Cayman pega 15 meses de prisão em escândalo da Fifa

Don Emmert/AFP
Costas Takkas, ex-secretário-geral da Associação de Futebol das Ilhas Caymã e ex-assessor da presidência da Concacaf
Costas Takkas, ex-secretário-geral da Associação de Futebol das Ilhas Caymã e ex-assessor da presidência da Concacaf

Ex-secretário-geral da Associação de Futebol das Ilhas Caymã (CIFA, na sigla em inglês) e ex-assessor da presidência da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), Costa Takkas, 61, foi condenado nesta terça-feira (31), pelo Tribunal Federal do Brooklyn, nos EUA, a 15 meses de prisão, em audiência realizada nos Estados Unidos.

Takkas, no entanto, vai cumprir apenas uma pequena parte da pena a que foi condenado. Dos 15 meses de prisão, o ex-dirigente já cumpriu 10 em Zurique. Ele também teve sua pena reduzida em 54 dias por "bom comportamento" na cadeia. Assim, ficará aproximadamente três meses preso.

A sentença é consideravelmente inferior ao mínimo de 37 meses reivindicado pelo governo dos EUA.

Ele cumpre a pena desde maio de 2015, quando foi preso na Suíça durante um evento da Fifa. Na oportunidade, Takkas foi detido juntamente com Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Eugenio Figueredo, Rafael Esquivel e José Maria Marin.

Takkas também deve devolver três milhões de dólares à federação de futebol das Ilhas Cayman, juntamente com outro réu, Jeffrey Webb, ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf, que aguarda o início do julgamento para o dia 24 de janeiro.

O valor é equivalente ao dinheiro dos subornos das empresas esportivas que Takkas e Webb ajudou a lavar, em troca de contratos de marketing de televisão para as Copas do Mundo 2018 e 2022.

"Eu sinto um grande remorso. Não é na minha natureza ferir ninguém. Eu amo o futebol e espero que o esporte aprenda com este caso", disse Takkas com uma voz trêmula ao juiz.

O acusado, que desde a sua extradição para os Estados Unidos permaneceu em prisão domiciliar na Flórida, será entregue à polícia de Nova York esta tarde.

Embora o advogado de Takkas insistiu várias vezes que todo o dinheiro era para Webb e o seu cliente não guardava nada, o juiz disse que era necessária uma sentença com poder dissuasivo.

Na semana passada, Chen condenou Hector Trujillo, ex-juiz e chefe da federação guatemalteca de futebol, a oito meses de prisão.

Um total de 42 líderes de futebol das Américas e executivos esportivos foram julgados pelo sistema de justiça dos EUA no contexto do escândalo de corrupção da Fifa.

Apenas três dos 42 réus nos Estados Unidos insistem em sua inocência e serão julgados em 6 de novembro: o ex-chefe de futebol peruano Manuel Burga, o paraguaios Juan Ángel Napout, ex-presidente da o Conmebol e ex-vice-presidente da Fifa, e José Maria Marin, ex-presidente da CBF


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