Uma das estrelas da Iugoslávia nos anos 1980 e técnico da Croácia na Rio-2016, Aleksandar Petrovic, 58, deve ser anunciado nesta terça-feira (24) como o novo comandante da seleção brasileira masculina de basquete. Ele é irmão mais velho do legendário ala-armador Drazen Petrovic, morto em 1993 em um acidente de carro.
A intenção da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) é apresentar o técnico em congresso nesta terça-feira (24), em São Paulo.
Estarão presentes dirigentes e parceiros comerciais da entidade, diretores da LNB (Liga Nacional de Basquete), que organiza o NBB, e ex-jogadores como os campeões mundiais Wlamir Marques, Amaury Pasos e Hortência.
O croata, que trabalhou na seleção de seu país até o EuroBasket deste ano, em setembro, negocia há semanas com a CBB e já está no país para assinar contrato.
Na Rio-2016, Petrovic levou a Croácia às quartas, sendo derrotado pela arquirrival Sérvia. Na fase de grupos, a equipe liderou a chave B. Bateu, inclusive, o Brasil pela terceira rodada, por 80 a 76.
Ele será o terceiro técnico estrangeiro consecutivo a dirigir a seleção masculina.
Antes dele, passaram pela CBB o argentino Rubén Magnano, de 2010 a 2016, e o espanhol Moncho Monsalve, em 2008 e 2009.
Tal como seus antecessores, Petrovic fala espanhol fluente. Dirigentes da confederação acreditam que isso facilitará a comunicação com os atletas.
Assim como aconteceu durante a gestão de Magnano, o salário de Petrovic será pago pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil).
O treinador terá uma comissão técnica com auxiliares brasileiros. A ideia da CBB é contar com o estafe que trabalhou, de modo interino, na Copa América deste ano.
César Guidetti, do Pinheiros, foi o técnico no torneio, auxiliado por Bruno Savignani, ex-Brasília, e Felipe Santana, o Filé, do Palmeiras.
Com um grupo renovado, a seleção caiu na primeira fase, pelo Grupo A, na Colômbia, com derrotas para México e Porto Rico.
Petrovic nunca trabalhou com clube ou seleção latino-americanos. Os assistentes seriam fundamentais em sua adaptação, assim como o gerente Renato Lamas.
Sua principal missão será conduzir a seleção em sistema inédito de eliminatórias para a próxima Copa do Mundo, na China, em 2019.
Essa é uma das novas propostas da Fiba (Federação Internacional de Basquete), em plano de expansão.
As mudanças não foram bem recebidas pelos clubes de elite da Europa. Se os atletas da NBA já estavam descartados para a maior parte das eliminatórias, a Euroliga se recusa também em ceder jogadores durante seu calendário.
Caso a liga mantenha sua posição, causará grande impacto no sistema da Fiba.
Para o Brasil, nem tanto. Apenas o armador Marcelinho Huertas, do Baskonia, da Espanha, joga a Euroliga.
Na NBA há cinco inscritos : o armador Raulzinho, o ala Bruno Caboclo e os pivôs Nenê, Cristiano Felício e Lucas Bebê.