Folha de S. Paulo


Após reivindicação, norte-americanas receberam aumento no futebol

Eugenio Savio/Associated Press
United States goalkeeper Hope Solo takes the ball during a women's Olympic football tournament match against New Zealand at the Mineirao stadium in Belo Horizonte, Brazil, Wednesday, Aug. 3, 2016. (AP Photo/Eugenio Savio) ORG XMIT: XES114
Goleira Hope Solo foi uma das articuladoras por melhorias na seleção dos EUA

A seleção feminina de futebol dos Estados Unidos recebeu aumento nos salários e bônus por objetivos alcançados, além de melhores condições de viagem e acomodações, após apresentarem queixa formal às autoridades do país contra a US Soccer, a federação de futebol.

O novo acordo, cujos valores não foram divulgados, foi acertado em 2017 após um ano de negociações e tem duração até 2021. Estará vigente no Mundial da França-2019 e nas Olimpíadas de Tóquio-2020.

Antes da reivindicação, as jogadoras americana tinham contrato de trabalho com a US Soccer e recebiam em torno de US$ 72 mil por ano.

Segundo as atletas, mesmo com um bônus por performance, elas ganhavam menos do que os integrantes do time masculino, pagos apenas quando convocados.

Na oportunidade, um jogador recebia US$ 5.000 em caso de derrota em amistoso, mas poderia receber até US$ 17.625 por uma vitória sobre uma seleção vista como potência da modalidade, de acordo com o jornal "The New York Times".

Em comparação, uma mulher faturava US$ 1.350 por partida, mas só em caso de vitória. Nas derrotas, nada.

A reivindicação foi feita em março de 2016 pelas meio-campistas Carli Lloyd e Megan Rapinoe, a zagueira Becky Sauerbrunn, a goleira Hope Solo e a atacante Morgan.

Elas tomaram a decisão após descobrirem que o time feminino gerou US$ 20 milhões a mais em receitas para a federação do que a equipe masculina em 2015.

As atletas apontaram que os jogos da seleção feminina têm audiência de TV superior aos da masculina, além de possuir melhor média de público no estádio e melhores resultados. Elas são tricampeões mundiais e tetracampeãs olímpicas.

Já os homens têm como melhor resultado a terceira colocação na Copa de 1930.

FIFA

Desde 2015, a Fifa cobra um tratamento mais igualitários para o futebol feminino.

No ano passado, a entidade escolheu, pela primeira vez, uma mulher para o cargo de secretário-geral, o segundo posto da Fifa. Trata-se da senegalesa Fatma Samba Diouf Samoura, que trabalhava em programas da ONU.


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