Folha de S. Paulo


'Não vamos desistir diante do terrorismo', diz presidente do COI

Fabrice Coffrini/AFP
O prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, o presidente do COI, Thomas Bach, e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em evento em julho deste ano
O prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, o presidente do COI, Thomas Bach, e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em evento em julho deste ano

Tão logo foram anunciadas como sedes dos Jogos Olímpicos, os organizadores de Paris-2024 e Los Angeles-2028 receberam questionamentos sobre segurança.

Durante a entrevista coletiva depois da atribuição dupla na sessão do COI (Comitê Olímpico Internacional), em Lima, a prefeita parisiense, Anne Hidalgo, e seu par Eric Garcetti, foram indagados sobre riscos em receber o maior evento esportivo do mundo.

A França, sobretudo sua capital, tem convivido com frequentes atentados terroristas nos dois últimos anos.

Curiosamente, o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, tomou a palavra e defendeu suas novas sedes sem deixar os prefeitos se pronunciarem a respeito. Para Bach, os riscos não podem impedir a realização dos Jogos.

"Se pensarmos só na segurança, não teremos grandes eventos mais. É isso que queremos? Seria uma vitória para os terroristas. Estamos defendendo a unidade, valores, tolerância. Não vamos desistir diante do terrorismo", afirmou o dirigente.

"A segurança é sempre uma das maiores preocupações em todos os Jogos Olímpicos. Quem sabe como será a necessidade da segurança daqui a sete ou 11 anos? Ninguém, é impossível saber agora. Então, não será diferente de nenhuma outra vez", complementou.

Em sua história, os Jogos Olímpicos registraram dois casos marcantes de segurança, no caso de terrorismo. Na edição de Munique-1972, 11 atletas israelenses foram sequestrados na Vila Olímpica e posteriormente acabaram mortos, e na edição de Atlanta-1996, quando uma bomba explodiu em um parque, matando uma pessoa.


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