Folha de S. Paulo


Vasco da Gama demite Milton Mendes

Rudy Trindade/FramePhoto/Folhapress
Milton Mendes, em São Januário, durante o clássico entre Vasco e Fluminense
Milton Mendes, em São Januário, durante o clássico entre Vasco e Fluminense

O Vasco da Gama chegou perto da zona do rebaixamento. Conclusão, Eurico Miranda decidiu demitir o técnico Milton Mendes nesta segunda (21) depois de 27 partidas à frente do clube, que está na 16ª colocação do Campeonato Brasileiro.

O retrospecto do treinador é de 11 vitórias, 6 empates e 10 derrotas. A última neste domingo (20) por 3 a 0 para o Bahia, em Salvador.

De acordo com o mandatário do clube carioca os dois conversaram e chegaram a conclusão de que era melhor para o Vasco que Mendes deixasse o clube.

"Foi um prazer enorme entrar no Vasco e também sair", disse o agora ex-técnico em entrevista na sede do clube.

À mesa, ao seu lado, estava Eurico Miranda. Ele não anunciou quem será o próximo comandante técnico do time.

No fim de semana, o Vasco tem o clássico regional contra o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro.

Após 21 rodadas da Série A, 11 times trocaram seus técnicos. Mendes é o 16º treinador a ser substítuido.

Entre os quatro primeiros times na classificação, apenas o Santos, terceiro colocado, mudou de treinador durante a competição.

A equipe começou a temporada com Dorival Júnior, hoje no São Paulo. Após demiti-lo, os dirigentes santistas contrataram Levir Culpi, que segue no comando da equipe.

Corinthians, Grêmio e Palmeiras estão com o mesmo treinador desde a estreia na Série A.

O Atlético-GO, último colocado, trocou duas vezes de técnico nas 21 primeiras rodadas.

MANIFESTAÇÃO

A saída de Milton Mendes acontece no mesmo dia em que dezenas de treinadores reivindicaram na CBF um limite de demissões por clube em cada campeonato no futebol brasileiro. A manifestação teve o apoio do técnico da seleção, Tite.

Pela proposta, que valeria a partir de 2018, um time só poderia trocar uma vez de técnico em uma mesma edição do Campeonato Brasileiro ou da Copa do Brasil.

"A essência dessas mudanças é para o bem do futebol. A minha prioridade é a diminuição da troca de técnicos. O futebol não evolui dessa forma. Tem que restringir. Tanto o clube tem que restringir quanto o profissional tem que ficar restrito a dois clubes", afirmou Tite.

Além do limite para contratação de técnicos, o documento elaborado pelo grupo pede também o reconhecimento no exterior das licenças para treinadores emitidas pela CBF. Desde o ano passado, a entidade brasileira tenta a equiparação do documento à licença da Uefa.


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