Folha de S. Paulo


Presidente da Federação Espanhola de Futebol é detido em operação policial

Eloy Alonso/Reuters
Spain's football federation (RFEF) president Angel Maria Villar looks up as he prepares to walk out through a door before the World Cup 2018 Qualifying match between Spain and Liechtenstein at the Reino de Leon stadium in Leon, Spain, September 5, 2016. Picture taken September 5, 2016. REUTERS/Eloy Alonso ORG XMIT: MAD100
Ángel María Villar, presidente da Federação Espanhola de Futebol

A Guarda Civil da Espanha deflagrou operação nesta terça-feira (18) na qual prendeu Ángel Maria Villar, presidente da federação de futebol do país há 29 anos, seu filho, Gorka Villar, e outros dirigentes que têm ligação com a entidade.

A polícia local os deteve por suspeita de corrupção. Os investigadores também apuram se Ángel Villar teria comprado o apoio de outros cartolas para se manter no cargo.

Foram feitas incursões na sede da federação, em empresas de Gorka e nas de outros dirigentes. Policiais chegaram a fazer escutas telefônicas dos suspeitos por três meses.

A origem da operação está em denúncia feita em 2015 que dava conta que o presidente da federação procurava marcar amistosos da seleção espanhola de maneira a beneficiar Gorka Villar.

O filho do presidente da federação espanhola foi diretor-geral da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), entre 2014 e 2016. Durante o período também atuou como advogado de dirigentes sul-americanos.

Gorka Villar defendeu o ex-presidente da CBF José Maria Marin quando o brasileiro foi preso em Zurique, em maio de 2015, em operação do FBI, e depois de sua extradição para os Estados Unidos.

De acordo com o jornal espanhol "El País", a investigação apontou que Gorka, que não era funcionário da federação espanhola, tinha total controle de tudo o que ocorria dentro da entidade.

Além de cartola mais influente do futebol espanhol, Ángel Villar também é vice-presidente sênior da Fifa e um dos vice-presidentes da Uefa.


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