Folha de S. Paulo


Vasco perde seis mandos e Ministério Público abre inquérito contra clube

Clever Felix/Brazil Photo Press/Folhapress
RIO DE JANEIRO, RJ, 08.07.2017 - VASCO-FLAMENGO - Vasco x Flamengo em jogo válido pela décima segunda rodada do Campeonato Brasileiro de 2017 no estádio de São Januário no Rio de Janeiro, neste sábado, 08. (Foto: Clever Felix/Brazil Photo Press/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
Policias em confronto com torcedores em São Januário após Vasco x Flamengo

O Vasco da Gama foi punido com a perda de seis mandos de campo e multa de R$ 75 mil pelas confusões em São Januário na derrota por a 1 a 0 para o Flamengo, pelo Brasileiro. O torcedor Davi Rocha morreu baleado no lado de fora do estádio após o clássico.

O julgamento foi realizado nesta segunda (17) no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

Além disso, o Ministério Público abriu um inquérito civil, por por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Consumidor, parar apurar as responsabilidades do presidente do clube, Eurico Miranda, e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na violação das normas do Estatuto do Torcedor que tratam da segurança dos torcedores e da regular comercialização dos ingressos.

A depender das constatações, Eurico pode, inclusive, ser destituído do cargo.

A tendência é a de que o Vasco cumpra a punição no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), mas não está descartada também a possibilidade de mandar alguns jogos fora do Estado do Rio de Janeiro.

O presidente vascaíno protestou veementemente pela punição da perda do mando de campo e também pelo inquérito instaurado pelo Ministério Público.

"Partir de acusações absolutamente sem provas de que o Vasco tem ligação com integrantes de organizadas, membros proibidos de entrar em estádios... Mentira! O Vasco não tem nenhuma! O clube nunca recebeu nenhuma relação de quem podia ou não podia entrar", argumentou Eurico durante seu depoimento no STJD, concluindo posteriormente:

"Querer atribuir ao Vasco, dizer que o Vasco tem ligação com a sua torcida. Pelo amor de Deus! Aquilo não é torcida do Vasco, são meia dúzia de vândalos. Aquilo vem de fora para dentro. O Vasco não tem nenhuma associação com vândalos, nenhuma associação com Black Blocks. A quem interessava que alguma coisa acontecesse ali? Ao Vasco? É coisa externa. Isso que deve vir a ser apurado pelas autoridades. Mas a instituição? Pelo amor de Deus. Não pode pagar severamente pelo que vem acontecendo".

A instauração do inquérito teve por base peças de informação encaminhadas pelo Grupamento Especial de Policiamento nos Estádios (GEPE) da Polícia Militar que, supostamente, demonstram a presença constante de integrantes da organizada dentro de São Januário, seja trabalhando como seguranças do clube durante partidas oficiais, seja em um dos camarotes do estádio, conforme fotos divulgadas nas redes sociais.


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