Menor cidade da Copa das Confederações, com 401 mil habitantes, Sochi também é a cidade que tem registrado a menor presença de torcedores nas arquibancadas. Nas duas rodadas disputadas até agora, o Estádio Olímpico Fisht teve os dois piores públicos –menos de 70% dos assentos foram ocupados.
Na estreia, 28.605 espectadores que acompanharam a vitória da Alemanha por 3 a 2 sobre a Austrália. Na quarta (21), 25.133 fãs viram o triunfo do México sobre a Nova Zelândia por 2 a 1. Isso num estádio com capacidade para 41.200 pessoas, segundo o site da Fifa. Os dois jogos, porém, aconteceram em dias úteis (segunda e quarta).
A arena ainda receberá o duelo entre Camarões e Alemanha no domingo e uma semifinal na próxima quinta-feira. E para ambos os duelos ainda há ingressos disponíveis.
Para o jogo que vai definir um dos finalistas do torneio nem a categoria mais barata –destinada apenas a russos e cujo o bilhete custa 2.240 rublos (R$ 124)Ð está esgotada. O site da Fifa aponta uma alta disponibilidade de bilhetes, sem informar a quantia. Este jogo poderá envolver a Rússia caso a seleção local se classifique no segundo posto do Grupo A.
Na Copa das Confederações do Brasil, há quatro anos, dois jogos registraram públicos piores do que o visto até agora em Sochi. Foram eles Taiti 1 x 6 Nigéria, no Mineirão (20.187 espectadores), e Uruguai 8 x 0 Taiti na Arena Pernambuco (22.047 espectadores).
A baixa presença de público comparada aos outros estádios do torneio (veja tabela) é algo que está incomodando a administração da cidade e a organização. Em conversa com jornalistas na última terça-feira, Andrey Markov, diretor do comitê organizador da cidade, afirmou que doar entradas para estudantes poderia ser uma solução para evitar clarões nas tribunas.
"Estamos discutindo essa questão com a Fifa e a administração local. Estamos trabalhando nisso, já fizemos sugestões. Se não houver aumento de vendas até o último momento, compensaremos os lugares vazios com crianças de escolas, por exemplo. Encher o estádio foi sempre algo que esteve em nossa agenda", disse.
A Fifa e o Comitê Organizador não responderam à Folha até o fechamento desta edição sobre se aprovariam a iniciativa.
Sochi é uma cidade que não é estranha aos grandes eventos esportivos nos últimos anos. Desde 2014, o município recebe o Grande Prêmio da Rússia de Fórmula 1 e há três anos sediou os Jogos Olímpicos de Inverno.
Conhecida por seus resorts, praias e lugar preferido para os russos escaparem do inverno gelado de outras cidades, Sochi tem pouca ou quase nenhuma tradição quando o assunto é futebol. O melhor time do município na atualidade é o FC Sochi, que acabou na sétima colocação da terceira divisão russa na última temporada. Ele nem sequer manda seus jogos no Estádio Olímpico. Tem um campo bem mais acanhado, para 10.200 torcedores.
Na Copa do Mundo do próximo ano, o estádio que passou por uma intervenção para a retirada do teto fixo receberá seis partidas, incluindo um duelo das quartas de final. Se o Brasil for cabeça de chave dos grupos B, F ou G, jogará no município.
No total, a Copa das Confederações tem até agora uma média de 36.015 pessoas por jogo. Por enquanto, é a mais baixa das últimas quatro edições.
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Público Copa das Confederações jogo a jogo.
São Petersburgo - Capacidade: 57.268
Rússia 2 x 0 Nova Zelândia - 50.521 (88% de ocupação)
Camarões x Austrália - 35.021 (61% de ocupação)
Moscou - Capacidade: 42.759
Camarões 0 x 2 Chile - 33.492 (78%)
Rússia 0 x 1 Portugal - 42.759 (100%)
Kazan - Capacidade: 41.585
Portugal 2 x 2 México - 34.372 (82%)
Alemanha 1 x 1 Chile - 38.222 (91%)
Sochi - Capacidade: 41.200
Austrália 2 x 3 Alemanha - 28.605 (69%)
México 2 x 1 Nova Zelândia - 25.133 (61%)
Média - 36.015