Folha de S. Paulo


Chile vence Camarões com um gol anulado e outro confirmado por vídeo

Alexander Nemenov/AFP
O camaronês Sebastien Siani (esq.) disputa bola com o chileno Arturo Vidal em jogo no domingo (18)
O camaronês Sebastien Siani (esq.) disputa bola com o chileno Arturo Vidal em jogo no domingo (18)

Atual campeão da Copa América, o Chile venceu o Camarões, campeão africano, por 2 a 0 Camarões. Os gols foram marcados no segundo tempo por Vidal e Vargas.

Mas o grande protagonista da partida foi a maior novidade desta Copa das Confederações: o sistema de árbitro de vídeo. Ele foi usado duas vezes no jogo.

A primeira, para anular um gol dos chilenos. A segunda, para validar outro.

Ainda no primeiro tempo, quando a seleção do Chile pensou que tinha inaugurado o placar com Vargas, o juiz Damir Skomina, da Eslovênia, primeiro validou o tento –e permitiu que os jogadores comemorassem. Logo em seguida, porém, a equipe que tinha acesso às imagens resolveu anular o ponto, alegando um impedimento controverso no ataque do time latino-americano.

Mais cedo, o árbitro externo também havia sido usado para invalidar um gol de Portugal contra o México. Naquela ocasião, o jogo terminou em 2 a 2.

Já os chilenos protestaram contra a anulação do gol e saíram de campo para o intervalo reclamando do juiz. No segundo tempo, os sul-americanos conseguiram impor seu jogo e finalmente chegaram ao gol quando Vidal recebeu um bom cruzamento e cabeceou para as redes.

O time de Camarões ainda tentou o empate, mas foram os chilenos que estiveram mais perto do segundo gol, ao puxarem rápidos contra-ataques. Numa dessas tentativas, Vargas balançou as redes, mas o árbitro teve que, mais uma vez, consultar seus companheiros de vídeo para se certificar que o ataque não estava em impedimento

ÁRBITRO DE VÍDEO

A exemplo do que já ocorreu no Mundial de Clubes e na Copa do Mundo Sub-20, o árbitro de vídeo só poderá ser usado em quatro situações: verificar se houve alguma irregularidade em lance de gol –como um impedimento ou toque de mão-, decidir se o pênalti foi assinalado corretamente ou deixou de ser marcado, apontar se uma infração é digna de cartão vermelho e ajudar o árbitro a advertir o jogador correto.

Na competição, serão dois árbitros e um bandeirinha por partida trabalhando na cabine analisando as diversas imagens. O número de câmeras varia em cada estádio, podendo chegar a um máximo de 30 e são as mesmas das transmissões da TV. Um dos profissionais escalados pela Fifa como assistente de vídeo da competição é brasileiro.


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