Folha de S. Paulo


Miguel Cagnoni é o novo presidente de confederação de esportes aquáticos

Em eleição realizada na tarde desta sexta-feira (9), no Rio, Miguel Cagnoni, 70, da Chapa Inovação e Transparência, foi eleito presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), com mandato até junho de 2021.

Ele recebeu 64 votos, contra 26 de Cyro Delgado (Carra Nova) e dois de Jefferson Borges (Novos Rumos).

Cagnoni foi presidente da Federação Aquática Paulista e era o único candidato de oposição no pleito. Borges e o ex-nadador Delgado são ligados a Coaracy Nunes Filho, mandatário da CBDA por 28 anos e afastado do cargo por indícios de desvio de verba pública - ele está preso na penitenciária de Bangu 8, no Rio, desde abril.

Satiro Sodré/CBDA/Divulgação
Miguel Cagnoni, 70, é o novo presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos
Miguel Cagnoni, 70, é o novo presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos

O desafio do presidente eleito é equilibrar uma entidade em frangalhos. Após os Jogos Olímpicos do Rio, ela perdeu o patrocínio do Bradesco e viu ainda o apoio dos Correios, que lhe repassa verbas desde 1991, retroceder cerca de 70% em relação ao contrato anterior. Alguns dos 50 funcionários estão com salários atrasados.

Há também um problema diplomático para Cagnoni contornar, já que a Fina (Federação Internacional de Natação) afirmou não reconhecer a legitimidade da eleição realizada nesta sexta.

A entidade aponta irregularidades no pleito "uma vez que não é realizada de acordo com a Constituição da CBDA e as regras da Fina". A confederação brasileira está sob intervenção judicial desde março.

Baseada nessa interferência externa, proibida em seu estatuto, a Fina ameaça banir o Brasil de competições internacionais.


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