Folha de S. Paulo


Bicampeão mundial de vôlei, Murilo é flagrado em exame antidoping

O jogador do Sesi-SP e ex-seleção brasileira Murilo Endres, 36, foi pego em exame antidoping surpresa da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). O jornal "O Globo" revelou que atleta testou positivo para o diurético furosemida, mesma substância dos casos do nadador Cesar Cielo e da ginasta Daiane dos Santos.

O Sesi-SP, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou à Folha o teste positivo de Murilo, mas afirmou que manifestações da entidade e do atleta só ocorrerão após a verificação do resultado da contraprova.

Por ter sido flagrado, o jogador está suspenso preventivamente até a abertura da amostra B –no momento, ele está em férias.

A furosemida é um diurético que ajuda na perda de peso e pode ser usada para mascarar o uso de outras substâncias ilícitas.

Murilo foi eleito em 2010 o melhor jogador do Mundial da Itália, no qual a seleção conquistou o título ao bater Cuba na final, e por anos foi o jogador mais destacado da equipe brasileira. Em razão disso, ele provavelmente fazia parte de um grupo-alvo da FIVB para testes antidoping.

As federações internacionais têm autonomia para testar jogadores de acordo com seu programa antidoping, independentemente se por seleções ou clubes.

"O Murilo é um excelente profissional. É preciso esperar a contraprova e, se confirmar o resultado, vamos entender o que ocorreu. O clube acompanha o caso e dará total apoio ao atleta, em que confiamos", afirmou Alexandre Pflug, diretor de Esporte e Qualidade de Vida do Sesi-SP ao "O Globo".

Bicampeão mundial pela seleção (2006 e 2010) e duas vezes medalhista de prata olímpico (2008 e 2012), Murilo foi cortado do grupo que disputaria a Rio-2016.

Em entrevista à Folha, em abril, ele confirmou que dificilmente voltará à seleção.

"Eu adoraria jogar para sempre pela seleção. Eu tenho consciência de que fisicamente tem ficado muito difícil para a minha posição. Hoje em dia a gente tem mais ponteiros de força, de ataque, parecidos com opostos, do que os de recepção, de habilidade e de fundo de quadra, como eu. O vôlei está muito físico, e eu teria que estar muito bem fisicamente para voltar à seleção, o que não tem acontecido nos últimos anos, infelizmente", disse.


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