Compacta e com uma transição ofensiva muito rápida com o trio Lucca, Clayson e Pottker. É assim que Gilson Kleina moldou a Ponte Preta, finalista do Campeonato Paulista.
Contratado há um mês, com o clube sob o risco de ser eliminado na primeira fase do Estadual, o treinador só conseguiu escalar o que considera sua formação ideal no primeiro jogo das quartas de final, contra o Santos.
Assim que assumiu o time de Campinas, Kleina procurou ajustar o sistema defensivo. Nos números, o time mostrou evolução. Em sete jogos sofreu três gols –média de 0,43 por partida.
Com Felipe Moreira e Brigatti como técnicos, antes da chegada de Kleina, o desempenho defensivo nesta temporada foi pior. O time sofreu 16 gols em 12 jogos oficiais –média de 1,33 por partida.
Para ter uma formação compacta, Kleina escala sua equipe no 4-4-2, alternando para o 4-1-4-1 e 4-3-3. O volante Fernando Bob, contratado após negociação que envolveu a transferência de Pottker para o Internacional, é quem coordena o meio de campo.
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| COMO JOGA A PONTE PRETATime alia capacidade defensiva a ataque preciso |
Ele atua na função de primeiro volante, à frente da defesa, com Elton e Jadson um pouco mais adiantados.
No estádio Moisés Lucarelli, o técnico costuma subir a marcação para dificultar a saída de bola dos adversários.
Quando está em vantagem no placar, marca a partir do círculo central e aposta na velocidade de seus atacantes.
Lucca atua pelo lado esquerdo do setor ofensivo, Pottker joga como um falso centroavante co—stuma sair da área e ir para o lado direito —e Clayson se movimenta pelos dois flancos, entrando na área na diagonal quando Pottker puxa a marcação.
Não são apenas atacantes que usam a velocidade como arma. Os laterais Nino Paraíba e Jeferson apoiam constantemente o ataque e têm a proteção de Elton na direita.
Já a dupla de zaga é formada por Marllon e Yago, revelado nas categorias de base do Corinthians. Os dois assumiram a condição de titulares após a Ponte Preta ser goleada pelo São Paulo por 5 a 2, na segunda rodada.
Marllon cumprirá suspensão na primeira partida contra o Corinthians. As opções de Kleina são Fábio Ferreira e Kadu. Os dois já jogaram pelo time alvinegro da capital.
SEMELHANTES
Corinthians e Ponte Preta jogam de forma compacta e não costumam marcar a saída de bola do adversário. Também sentem dificuldade se precisam propor o jogo.
Por isso, a primeira partida da decisão deve ser mais estudada e cadenciada. Como a equipe da capital não se expõe, a Ponte Preta pode encontrar dificuldades para usar o seu ponto forte: os contra-ataques com velocidade.
Diferentemente do clube de Campinas, o Corinthians ataca de forma mais cadenciada com o apoio dos meias Jadson e Rodriguinho.
| Luis Moura/WPP/Folhapress | ||
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| Jadson durante confronto do Corinthians contra o Linense, no Itaquerão |