Folha de S. Paulo


Sem Neymar, Barça encara o Real para manter viva chance de título

Nas palavras de Iniesta, é a última chance para o Barcelona. Eliminado da Liga dos Campeões, prestes a ficar sem técnico e com a diretoria em xeque, a equipe faz o maior clássico da Espanha neste domingo (23), às 15h45, contra o Real Madrid, no estádio Santiago Bernabéu.

Um derrota terá cenário de fim de festa para os catalães. "É o momento para ainda sonhar com o título. É a oportunidade final", disse Iniesta. O Barcelona também está na final da Copa do Rei.

Se vencer, o Real Madrid abrirá seis pontos na liderança, e com um jogo a menos. O Barcelona terá mais cinco partidas a disputar até o final da competição e o Real, seis.

Os visitantes não terão Neymar, suspenso por três rodadas após expulsão contra o Málaga, no último dia 8. A diretoria apelou da punição, mas não conseguiu retirá-la.

Era uma temporada que prometia muito mais para o trio ofensivo do Barcelona. Neymar, Messi e Suárez embalaram o sonho da torcida de tirar a Liga dos Campeões do maior rival, atual dono do troféu. Isso pareceu mais possível ainda após a virada sobre o PSG, com goleada por 6 a 1 nas oitavas de final.

A equipe não conseguiu manter a regularidade e a oscilação custou caro. Não fez gol na Juventus em dois jogos, por exemplo, e foi eliminado na última quarta (19).

Também fez jogos fracos que a fizeram ficar atrás do arquirrival no Espanhol. Como a derrota para o Málaga.

Além da vantagem no torneio nacional, o Real avançou às semifinais da Liga dos Campeões, fase em que enfrentará o Atlético de Madri.

Pode ser o primeiro clube desde o Milan de 1990 a conseguir ganhar dois títulos consecutivos no torneio.

O caminho mais fácil no Barcelona seria criticar o técnico Luis Enrique, que torpedeou este plano ao anunciar a saída ao fim da temporada. Sobrou para a diretoria.

"Pagaram caro pelos jogadores e não deram ao elenco a força necessária para disputar três competições simultâneas", disse o alemão Bernd Schuster, ex-jogador de Barcelona e Real Madrid.

A crítica é direta a Robert Fernández, diretor de futebol e alvo da imprensa por fugir do padrão de reforços da época em que o departamento era de responsabilidade dos ex-atletas Txiki Begiristain e Andoni Zubizarreta.

No ano passado, o clube contratou o holandês Cillessen, o lateral Lucas Digne, o zagueiro Umtiti, o meia André Gomes, o armador Denis Suárez e o atacante Pablo Alcácer. No total, o clube gastou 123 milhões de euros pelos jogadores. Na cotação atual, são R$ 416 milhões.

O Real Madrid terá jogos difíceis depois do Barcelona. Vai receber o Sevilla e visitar o Valencia. Mas superar o maior rival significará ficar perto de voltar a conquistar o Espanhol, o que não acontece desde 2012.

NA TV
Real Madrid x Barcelona
15h45 Fox Sports


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