Folha de S. Paulo


Federer confirma reabilitação com vitória sobre Nadal em Miami

Lynne Sladky/Associated Press
O suíço Roger Federer na partida final do Aberto de Miami contra o espanhol Rafael Nadal

O suíço Roger Federer, 35, e o espanhol Rafael Nadal, 30, se reencontraram, no último domingo (2), na final do Aberto de Miami, mesmo torneio em que tiverem seu primeiro confronto há 13 anos.

Se em 2004 Nadal, então com 17 anos, bateu o suíço em ascensão, desta vez foi Federer quem se destacou no jogo e levantou a taça do torneio ao vencer a partida por 2 sets a 0, com parciais 6/3 e 6/4.

Com o título, seu terceiro neste ano, Federer consolida sua volta às quadras. Ele ficou afastado do esporte por seis meses durante a temporada de 2016 por problemas no joelho e chegou a ter sua longevidade no tênis questionada por especialistas.

O retorno do suíço tem sido marcado pelo bom retrospecto sobre o rival deste domingo. Foi a sua quarta vitória seguida sobre Nadal, a terceira neste ano.

Final do Aberto de Miami

Ele já havia vencido o espanhol no Aberto da Austrália, em janeiro -quando voltou ao top 10 do ranking da ATP após passar cerca de três meses fora da lista-, e em Indian Wells, em março.

Os tenistas já se enfrentaram 37 vezes nesses 13 anos. Federer tenta agora reverter o histórico de vitórias de Nadal, que venceu 24 de todas as partidas entre eles, mas que agora sofre com a reação do suíço. A última vitória do espanhol foi em 2014, na Austrália. O embate entre os dois é considerado um clássico do esporte.

Federer permaneceu na liderança do ranking da ATP entre 2004 e 2008. Com o resultado em Miami ele sobe duas posições e vai para para a quarta colocação. A última vez que o suíço esteve no topo da classificação foi na temporada 2012.

Nadal também sobe dois lugares na lista e fica agora na quinta posição.

PAUSA

Após a partida, Federer disse estar surpreendido com a própria performance: "Fico feliz por continuar. Não sabia que tinha tanta energia guardada no tanque".

Federer também declarou que vai tirar uma folga de pelo menos dez semanas para se recuperar dos últimos jogos e se preparar para seu próximo torneio, que deve ser Roland Garros, na França, marcado para o fim de maio.

"Eu exigi muito do meu corpo e preciso ouvir os sinais agora", afirmou.


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