Folha de S. Paulo


Árbitro do clássico já foi chamado de corintiano e ficou viúvo em 2016

Rubens Cavallari/Folhapress
Thiago Duarte Peixoto mostra cartão vermelho para Gabriel
Thiago Duarte Peixoto mostra cartão vermelho para Gabriel

O árbitro Thiago Duarte Peixoto, 37, que expulsou Gabriel de forma errada no clássico desta quarta-feira (22), já foi acusado de ser corintiano por torcedores rivais.

Em 2015, logo após ser escalado para apitar outro Corinthians e Palmeiras, foi divulgada nas redes sociais uma foto dele segurando camisa do clube ao lado do pai, Carlos Duarte.

O uniforme autografado havia sido uma doação para a Santa Casa de Barretos, sua cidade natal, que faria um leilão para captar recursos. Foi no hospital que a mãe do árbitro, Neide, tratou de um câncer que a matou em 2011.

O clássico de 2015 foi pela semifinal do Campeonato Paulista. Terminou empatado em 2 a 2 e o Palmeiras se classificou nos pênaltis.

Ele é um dos árbitros mais utilizados pela Federação Paulista de Futebol. Nesta temporada apitou sete jogos em 21 dias, a partir de 28 de janeiro. Em 2016, foi escalado para mais de 30 jogos.

Personal trainer e formado em educação física, Peixoto começou a apitar futebol em 1999 na várzea de Barretos (425 km da capital) para ajudar a pagar a faculdade.

Em entrevista ao site da Associação de Árbitros da Grande São Paulo, ele se definiu como um jogador de vôlei frustrado.

Pressionado nesta quarta por dirigentes do Corinthians no intervalo do clássico, já enfrentou coisa pior. Foi agredido em uma partida de várzea no interior. Sua mãe quis que abandonasse a arbitragem. O filho recusou.

Em 2003, começou o curso de árbitros na Federação Paulista de Futebol.

Em jogo do São Paulo, já foi criticado por Rogério Ceni, que o acusou de "querer aparecer".

Peixoto define seu estilo como disciplinador, mas que deixa o jogo correr.

"Meu ídolo é o Seneme", disse, citando Wilson Seneme, atual presidente da comissão de arbitragem da Confederação Sul-Americana.

PERDA

No ano passado, a mulher do árbitro, Gabriela Maia, morreu em São Paulo após ser internada com pneumonia no sétimo mês de gravidez.

Foi realizado um parto às pressas para salvar a criança, que nasceu saudável e recebeu o nome de Gael. As informações foram divulgadas pelo Sindicato dos Árbitros do Estado de São Paulo.

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