Folha de S. Paulo


Performance de Michael Jackson em 93 alavancou show do Super Bowl

Rusty Kennedy/Associated Press
O cantor Michael Jackson durante apresentação no show do intervalo do Super Bowl de 1993, em Pasadena, nos EUA
O cantor Michael Jackson durante apresentação no show do intervalo do Super Bowl de 1993, em Pasadena, nos EUA

Quem fica mais tempo na memória do espectador: o time campeão do Super Bowl ou o astro do show do intervalo? Para o torcedor da equipe que ganha, ou perde, a resposta parece óbvia; para os outros, nem tanto.

Para muitos, o show equivale ao acendimento da pira olímpica na abertura dos Jogos. Pode ser rápido, mas é o momento mais marcante.

Neste domingo (5), em Houston, Lady Gaga entrará para uma galeria ilustre, com artistas como Michael Jackson, Bruce Springsteen, Paul McCartney, Prince, U2, Rolling Stones, Madonna e Beyoncé, entre outros. A cantora se credenciou após elogiada interpretação do hino americano na edição do ano passado. Mas nem sempre o intervalo foi tão espetaculoso.

Nos primeiros anos, o evento era comandado por bandas universitárias, com o único objetivo de entreter o público presente ao estádio. Aos poucos, cantores conhecidos foram introduzidos.

A grande virada aconteceu no show de 1993, com Michael Jackson. A performance do "rei do pop", morto em 2009, bateu recordes de audiência e elevou o sarrafo da atração.

Ao perceber o que tinham em mãos, produtores passaram a procurar artistas renomados, capazes de hipnotizar não só o público do estádio mas também os telespectadores. As apresentações ganharam em grandiosidade.

E o show ainda pode alavancar a carreira de algum popstar que não esteja em seu melhor momento da carreira.

Em 2002, por exemplo, no primeiro Super Bowl após os ataques de 11 de Setembro, o U2 fez um emocionante tributo às vítimas do ataque.

Na semana seguinte, a banda, que não figurava no top 100 das paradas da "Billboard", entrou no top 10.

Chamada - Super Bowl

LAR DA POLÊMICA

Este será o segundo Super Bowl no Reliant Stadium, em Houston. No primeiro, o campeão foi o mesmo New England Patriots que estará em campo neste domingo. Mas o fato mais marcante daquela edição aconteceu no show do intervalo, estrelado por Janet Jackson, irmã de Michael, e Justin Timberlake.

Tudo ia bem até que em uma coreografia Justin puxou parte da roupa da moça e deixou seu seio à vista por um segundo... para todo o mundo. Até hoje a dupla de popstars jura que foi um acidente.

Batizado como "Nipplegate" ("nipple" pode ser traduzido como mamilo), o caso causou polêmica na sociedade americana. Como resultado foi criado um "delay" de cinco segundos para transmissões ao vivo. Tempo suficiente para cortar possíveis mamilos indesejados.

No ano passado, Beyoncé fez um espetáculo com referências ao movimento dos Panteras Negras e críticas sutis à violência policial.

Conhecida há tempos pela ousadia, Lady Gaga não revelou detalhes do que pode fazer neste ano, o primeiro da era Donald Trump. "Não vou dizer nada do que vocês vão ver no show porque não quero estragar a surpresa para todos", comentou a cantora para uma rádio de Boston.


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