Folha de S. Paulo


Mustafá pede validação de candidatura de dona da Crefisa no Palmeiras

Diego Iwata/Folhapress
José Roberto Lamacchia, proprietáro da Crefisa, Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, e Leila Pereira, presidente da Crefisa
José Roberto Lamacchia, proprietáro da Crefisa, Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, e Leila Pereira, presidente da Crefisa

Líder da chapa pela qual Leila Pereira, proprietária da Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, pretende concorrer ao conselho deliberativo do Palmeiras no início de fevereiro, Mustafá Contursi, ex-presidente do clube, entrou com novo pedido de reconhecimento da legitimidade do título de sócia que Pereira teria recebido em 1996 durante a gestão do próprio Mustafá.

Em fevereiro, Mustafá pediu o reconhecimento do título benemérito que teria dado a Leila Pereira e seu marido, José Roberto Lamacchia, em 1996. No último ato de sua gestão, em dezembro de 2016, Nobre negou o pedido, em episódio que ficou conhecido como o de "impugnação da candidatura". As candidaturas serão oficializadas somente no final deste mês.

Nobre e o casal que comanda a patrocinadora acumularam desentendimentos ao longo dos últimos anos. A pouca afinidade entre as partes já é pública, e por isso o ex-presidente quer barrar a entrada de Leila no conselho. Por outro lado, Mustafá é amigo há décadas de "Beto" Lamacchia, sócio do clube desde 1955.

Nesta quinta-feira (5), Mustafá entrou com pedido de reconsideração de seu pedido, na tentativa de dar validade ao título de Leila. Desta vez, no entanto, caberá ao novo presidente do clube, Maurício Galiotte, avaliar e decidir sobre o tema, e não mais a Nobre.

Conhecido por seu perfil agregador, Galiotte foi apoiado por Nobre, de quem foi vice-presidente, e por Mustafá nas eleições, quando se elegeu como candidato único. Como adiantado pela Folha, antes ainda que assumisse o cargo ele já recebia demandas de diferentes chapas.

Agora incumbido da decisão sobre a validação ou não do título de sócia de Leila Pereira -que implica na confirmação de sua candidatura ou não ao conselho do clube–, Galiotte terá que tomar decisão que agradará a apenas um dos lados, ainda que isso não signifique ruptura com qualquer um dos ex-presidentes.


Endereço da página:

Links no texto: