Folha de S. Paulo


Crefisa pode ter candidatura de casal no Palmeiras para contornar Nobre

Diego Iwata/Folhapress
José Roberto Lamacchia, proprietáro da Crefisa, Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, e Leila Pereira, presidente da Crefisa
Paulo Nobre (centro), presidente do Palmeiras, apresenta a camisa do clube com o patrocinador, em 2015

Diante da ameaça de Leila Pereira ter impugnada a candidatura a conselheira do Palmeiras que pretende lançar em janeiro, a Folha apurou que o ex-presidente Mustafá Contursi e seus apoiadores estudam criar candidatura também de José Roberto Lamacchia, marido de Leila e igualmente proprietário da empresa que patrocina o clube, na mesma chapa.

Antes ainda de protocolar sua candidatura, Leila já sofre questionamentos por parte do ex-presidente Paulo Nobre, que argumenta que seu título de sócia, datado de 2015, não a qualifica a ser conselheira do clube, como adiantado pelo "Blog do PVC". É necessário ter mais de oito anos como sócio atuante para poder se candidatar ao conselho deliberativo do Palmeiras.

Por outro lado, Lamacchia é sócio vitalício e entrou no clube em 1955. Sua eventual candidatura não teria barreiras, e assim uma vaga no conselho estaria garantida a pelo menos um dos proprietários da Crefisa. Ele, inclusive, já assinou a requisição de candidatura e deixou com os representantes de sua chapa.

Via assessoria de imprensa, Leila nega qualquer possibilidade de que seu marido seja candidato ao conselho do clube.

"O José Roberto Lamacchia assinou a ficha da chapa, porém não será candidato, a candidata será a Leila Pereira. Somente ela".

Entre Contursi e seus correligionários, acredita-se que Leila e Lamacchia seriam os dois mais votados na eleição do conselho deliberativo, que acontecerá em fevereiro.

Antes disso, no entanto, a estratégia é provar que Leila pode, sim, se candidatar ao conselho. Contursi argumenta que concedeu a ela um título de sócia benemérita em 1996, quando era presidente do clube.

A confirmação da candidatura de Lamacchia ajudaria a pacificar a turbulência que se forma no clube, opondo a patrocinadora, que coloca R$ 66 milhões por ano no clube além de ajudar em obras no centro de treinamento e contratações, e o ex-presidente Paulo Nobre e seus apoiadores, grupo do qual faz parte o atual presidente Maurício Galiotte.


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