Folha de S. Paulo


CPI do Futebol no Senado acaba sem pedidos oficiais de indiciamento

A CPI do Futebol encerrou suas atividades nesta quarta-feira (7), em Brasília, sem pedir oficialmente nenhum indiciamento e sem apontar culpados, com a aprovação do relatório oficial do senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da comissão.

Chamado de "chapa branca" por Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na última sessão, que teve a apresentação de um relatório alternativo, o documento apresentado por Jucá foi rapidamente aprovado, visto que a bancada da CBF era maioria.

A sessão, que concluiu a comissão iniciada em junho de 2015 para investigar ilegalidades no futebol brasileiro, foi realizada no meio do caos que se encontra o Senado Federal, com o pedido de afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O relatório alternativo apresentado pelos senadores Randolfe Rodrigues e Romário (PSB-RJ) no último dia 23 de novembro pedia o indiciamento de Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e outros seis indivíduos, entre os quais está o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES). Romário pediu a Jucá que o relator juntasse o documento oficial ao alternativo, mas foi negado.

"Mantenho a posição de ser votado meu relatório, porque os dados levantados em seu relatórios serão encaminhados em sigilo aos órgãos competentes", afirmou Jucá.

"CPI poderia ter um resultado diferente, Não foi o que esperava. Meu relatório já foi enviado para onde teríamos que enviar. Esperamos que o Ministério Púbico cumpra o seu papel, porque ele pede o indiciamento de nove pessoas que cometeram crimes", comentou Romário.

A CBF marcou presença na sessão com seu secretário-geral Walter Feldman, o diretor de assuntos internacionais (e deputado federal do PT-SP) Vicente Cândido e o diretor de assuntos legislativos Vandembergue Machado.


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