Folha de S. Paulo


Público não terá acesso a velório no gramado da Arena Condá

Avener Prado/Folhapress
Torcedores da Chapecoense prestam homenagens na Arena Condá
Torcedores da Chapecoense prestam homenagens na Arena Condá

Com a possível presença do presidente Michel Temer (PMDB) no velório coletivo dos mortos no acidente aéreo que levava jogadores da Chapecoense à Colômbia, o público não terá acesso ao gramado da Arena Condá, em Chapecó (SC), onde as urnas ficarão dispostas.

A assessoria do Chapecoense afirmou que a decisão foi tomada por "questões de segurança", e não só pela presença do peemedebista, que ainda não está confirmada. "Estamos trabalhando com a hipótese de sua presença. Há um contato, mas sem confirmação definitiva", afirmou Andrei Copetti, responsável pela comunicação da Chapecoense, em coletiva de imprensa realizada na Arena Condá na manhã desta quinta (1°).

Assim, os torcedores acompanharão o velório da arquibancada. Dois telões serão colocados do lado de fora.

A cerimônia pode começar ao meio-dia desta sexta (2), mas, por causa do tempo de traslado dos corpos pela Força Aérea Brasileira, esse horário não é definitivo. "Pode passar para mais tarde. Mas não sabemos precisar quanto tempo depois", diz Copetti.

Nesta quinta-feira (1º), o IML (Instituto Médico Legal) de Medellín, na Colômbia, confirmou que todas as 71 vítimas do acidente envolvendo o avião que transportava a delegação da Chapecoense foram identificadas.

A arena Condá deve receber 51 corpos, entre jogadores, membros da delegação e da imprensa que estavam no voo. Destes, um levantamento preliminar da equipe indica que 16 corpos ficarão em Chapecó para serem enterrados na cidade. Outros serão velados e enterrados em suas cidades, se assim as famílias desejarem.

Quando os corpos chegarem no estádio, um período entre 45 minutos e uma hora serão reservados aos familiares. Haverá cadeiras no gramado para eles. A expectativa é que 100 mil pessoas compareçam à cerimônia.

SOBREVIVENTES

A assessoria do clube informou também que os quatro brasileiros que sobreviveram ao voo, os jogadores Alan Ruschel, Hélio Neto, Jackson Follman e o jornalista Rafael Henzel estão em estado grave, mas estáveis. Nenhum corre risco de morte.

Em relação à contratação da Lamia para o translado aéreo até a Colômbia, a comunicação da Chapeacoense informou que a escolha se deu "pela qualidade da aeronave".

"Em relação aos orçamentos, vale lembrar que toda essa operação era feita por três pessoas: nosso diretor de logística, diretor administrativo e nosso presidente. E os três estavam na aeronave. Passado esse furacão, vamos tentar procurar outros dados. Mas a contratação se deu eminentemente por critérios técnicos", afirmou Copetti.

Tragédia em voo da Chapecoense


Endereço da página:

Links no texto: