Folha de S. Paulo


Comitê Rio-2016 fica no Maracanã até o fim de novembro

Ricardo Borges/Folhapress
Torcedores do Flamengo antes da partida Flamengo x Corinthians pelo Campeonato Brasileiro série A 2016 no estádio Maracanã, Rio de Janeiro
Torcedores do Flamengo antes da partida Flamengo e Corinthians no Maracanã

O Comitê Rio-2016 vai ficar mais um mês no Maracanã. O governo do Rio selou nesta quarta (26) um acordo para manter até o final de novembro o estádio administrado pela entidade comandada por Carlos Arthur Nuzman.

Inicialmente, a arena, que recebeu eventos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, teria que ser devolvido ao Estado até o próximo domingo (30).

Agora, a entidade terá mais um mês para entregar em perfeito estado o complexo esportivo.

No domingo, o Maracanã foi reaberto sem dezenas de cadeiras e ainda precisando de ajustes. Contas de gás, luz e água da arena estão atrasadas.

Fechado desde os Jogos, o Maracanãzinho também necessita de retoques.

O acordo também ajuda o Consórcio Maracanã, empresa que administra o estádio. Sem interesse em permanecer no negócio, a companhia formada pela Odebrecht (95%) e AEG (5%) ganha tempo para chegar num acordo com o governo do Rio.

O consórcio entrou neste mês com um pedido de arbitragem na FGV para desfazer a licitação.

Em 2013, a empresa ganhou o direito de administrar o estádio por 35 anos, mas preferiu romper o contrato após acumular um prejuízo milionário —R$ 173 milhões nos primeiros três anos.

Em grave crise financeira, o Estado não quer receber o estádio novamente e prepara uma nova licitação, que deve acontecer no primeiro semestre de 2017.

O Flamengo anunciou que pretende concorrer e tenta viabilizar parceria com empresas do setor.

Nesta sexta (28), o Fluminense fará a sua primeira partida no Maracanã neste ano. O time enfrentará o Vitória, pelo Campeonato Brasileiro.

Assim como o Flamengo fez no domingo, o clube vai ser responsável pela operação da partida.

Depois de o comitê devolver o estádio em novembro ao Estado, o consórcio terá que reassumir a operação a partir de dezembro, caso o contrato não seja rompido oficialmente.


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