O Mundial de surfe dá início à sua penúltima etapa nesta terça (18), em Peniche (Portugal), e pelo terceiro ano consecutivo Gabriel Medina está na briga pelo título.
Se os resultados do ano passado se repetirem nas duas disputas restantes, o brasileiro tem grandes chances de levantar o seu segundo troféu em dezembro, em Pipeline, no Havaí. Com 45.450 pontos, Medina está 2.700 atrás do líder desta temporada, o havaiano John John Florence.
O retrospecto conta a favor do surfista paulista. Em 2015, ele somou 13.000 pontos nas últimas duas etapas do Mundial, contra 5.750 pontos do havaiano. Caso o desempenho se repita, Medina chegará a 54.950 pontos e Florence atingirá no máximo 50.400 no final da temporada, dentro de dois meses.
Matt Wilkinson (38.250 pontos), Jordy Smith (35.700) e Kolohe Andino (32.150) correm por fora na disputa. Eles ainda têm chances de ultrapassar o líder, só que o histórico indica um desempenho inferior aos dos rivais nas etapas de Portugal e do Havaí do Mundial.
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Foi assim em 2015. Na ocasião, a maior pontuação entre os três surfistas foi a de Andino, que conseguiu um nono lugar e uma 25ª posição, e somou 4.500 pontos. Com esse aproveitamento, ele conseguiria no máximo finalizar este ano na quinta colocação.
Além de Medina, Filipe Toledo, o Filipinho, é o único brasileiro entre os oito primeiros colocados do Mundial-2016. Quarto na última edição, ele também conta com um bom retrospecto na reta final da competição.
É o atual campeão da etapa de Peniche. Se repetir a pontuação de 2015, pode pular quatro posições e chegar à terceira colocação.
EXPERIÊNCIA
Primeiro brasileiro campeão mundial de surfe, Medina costuma obter um desempenho crescente nas temporadas. Foi assim em 2014, ano em que venceu o título, em 2015, quando terminou em terceiro, e neste ano.
O seu início em 2016 não foi nada animador. Com um 13º lugar nas duas primeiras etapas e um nono na terceira, começou desacreditado. O cenário é muito parecido com o do ano anterior, quando entrou no campeonato como um dos favoritos, mas, após um início muito ruim, ficou sempre atrás do campeão Adriano de Souza.
Em 2015, nas cinco primeiras etapas, o máximo que Medina conseguiu foi um quinto lugar, em Bells Beach, na Austrália. Na sequência, colecionou ótimos resultados, porém já era tarde para que uma reação pudesse lhe garantir o bicampeonato.
Para não repetir o tropeço, ele conta com sua experiência de campeão para superar John John Florence, que ainda não conquistou um título do circuito mundial. "Ganhei experiência. Sei como competir nas ondas do tour. Este é o meu quinto ano no campeonato e fica mais fácil conhecer", afirmou Medina em setembro, à Folha.