Folha de S. Paulo


Comitê Olímpico terá 6º mandato de Nuzman, e Paralímpico vê troca

Fabrice Coffrini/AFP
The president of the Olympic Committee of Brazil and Rio 2016 Organising Committee for the Olympic Games, Carlos Arthur Nuzman delivers a speech during the closing ceremony of the Rio 2016 Olympic Games at the Maracana stadium in Rio de Janeiro on August 21, 2016. / AFP PHOTO / Fabrice COFFRINI
O presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, que deve chegar ao sexto mandado consecutivo

As duas entidades que regulam os esportes olímpicos e paraolímpicos terão encaminhamentos distintos no ciclo até os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) verá a eleição de Carlos Arthur Nuzman, 74, para o seu sexto mandato presidencial consecutivo e completará 25 anos à frente do órgão –que comanda desde 1995. Será sua última recondução ao cargo.

O comitê já enviou uma nota convocatória para os chefes de confederações esportivas, membros vitalícios e membros eleitos, todos com direito a sufrágio, e definiu o pleito para 4 de outubro, no Rio de Janeiro.

Nuzman terá como seu vice Paulo Wanderley Teixeira, que comandava a Confederação Brasileira de Judô desde 2001 —não tentará se reeleger agora— e será preparado para sucedê-lo no comando do COB.

Sob Teixeira, o judô nacional conquistou 12 medalhas em quatro Jogos Olímpicos.

Uma vez confirmada a vitória da chapa, é possível que Nuzman se afaste ou até mesmo se licencie da chefia do COB para se dedicar aos relatórios finais e prestação de contas do Comitê Rio-2016, que também comandou.

Além disso, espera-se que ele concorra à presidência da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), cuja data do pleito não está definida.

O único a lançar oposição à aliança Nuzman-Teixeira, Alaor Azevedo (líder da Confederação de Tênis de Mesa), obteve liminar em seu favor em abril que derrubou a necessidade de inscrição de chapas até o dia 30 daquele mês, como pregava o estatuto do COB, e determinou que fossem feitas 30 dias antes da eleição.

A argumentação que fundamentou a sua ação era calcada no hiato de meses entre os registros de chapa na secretaria da entidade e a votação de fato, no último trimestre do ano.

No último mês de agosto, Nuzman conseguiu anular a liminar e encaminhou sua permanência. A Folha apurou que Azevedo ainda deve tentar uma nova ação para adiar a eleição.

Mesmo que consiga, será extremamente complicado arregimentar o apoio de dez presidentes de confederações por escrito para lançar sua candidatura, como obriga o estatuto.

PARAOLÍMPICO

A situação é inversa no equivalente do COB para o esporte paraolímpico nacional, o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).

O presidente Andrew Parsons não pode se candidatar novamente porque o estatuto da entidade não permite mais de uma reeleição há anos —antes até da reforma da Lei Pelé.

O maior favorito para sucedê-lo é Mizael Conrado, que responde como um de seus vices no comitê. O novo mandatário será conhecido no primeiro trimestre do próximo ano.

Alçado ao poder em 2009 e reconduzido em 2013, Parsons vai se dedicar à eleição para a chefia do Comitê Paralímpico Internacional, do qual já é vice-presidente. A votação será no final de 2017.


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