Folha de S. Paulo


Ronaldo ergue taça como capitão pela 1ª vez e dedica título aos imigrantes

O domingo (10) foi um dia de lágrimas diversas para Cristiano Ronaldo. Primeiro de dor. Depois de êxtase.

O astro do futebol português deixou a final da Eurocopa aos 24 minutos, mas viveu intensamente a decisão e comemorou com muita ênfase o título mais importante de sua vida.

Ronaldo caiu de dor no momento em que levou uma pancada de Payet, aos 7 minutos. Ele saiu do gramado para ser atendido e voltou em seguida, mas era visível que não tinha condições de jogar.

Chorando muito, foi retirado de maca, sob aplausos das duas torcidas.

Após alguns minutos no vestiário, o craque do Real Madrid voltou à ação, mas agora como torcedor e "auxiliar" do técnico Fernando Santos. À beira do campo, ele incentivava e dava instruções a seus companheiros.

Quando Éder marcou o gol da vitória sobre a França, no Stade de France, em Saint-Denis, Ronaldo foi às lágrimas.

Ao levantar a taça, gesto que fez pela primeira vez na carreira profissional (ele nunca foi capitão do Real ou do Manchester United, seu antigo clube), realizou um sonho que muitos pensavam ser impossível: levar Portugal a um grande título.

"Esse título é para todos os portugueses, para todos os imigrantes, para todos que acreditaram em nós", disse o atacante a uma TV francesa.

"Foi um dia com os dois cenários, de tristeza e alegria. É um dos momentos mais felizes da minha vida de profissional de futebol. É um momento único".

Vencedor da Liga dos Campeões com o Real e grande líder da campanha portuguesa na Eurocopa, o atacante, para a tristeza de Messi, praticamente assegurou a Bola de Ouro de melhor jogador de 2016.


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