Folha de S. Paulo


Dois anos após o 7 a 1, maior dificuldade da Alemanha é fazer gols

A derrota para a França, nesta quinta (7), foi uma síntese do futebol mostrado pela Alemanha nesta Eurocopa: muito toque de bola, controle das ações, mas poucos gols.

Foi a maior diferença do time atual para o que conquistou a Copa no Brasil.

No torneio disputado na França, a seleção alemã levou seis partidas para fazer os mesmos sete gols que marcou em 90 minutos do jogo contra o Brasil, na semifinal do Mundial no inesquecível 7 a 1

O dia? 8 de julho de 2014, há exatos dois anos.

A comparação entre as médias de gols escancara o problema da equipe comandada por Joachim Löw: em 2014, foram 18 tentos em sete jogos, com média de 2,57. Dois anos depois, a marca despencou para 1,16.

"Fomos melhores do que a França. Tivemos chances de marcar, mas infelizmente não as aproveitamos", lamentou Löw.

Com a base da equipe que conquistou o planeta em 2014, a Alemanha mostrou um futebol muito parecido com o do Mundial, mas sem os gols. Um exemplo: no jogo contra a modesta Irlanda do Norte, pela primeira fase, o time criou uma grande quantidade de oportunidades claras para marcar, mas só conseguiu derrotar o adversário por 1 a 0.

Do ponto de vista individual, Thomas Müller é o maior símbolo do fracasso do ataque alemão na Eurocopa. Um dos artilheiros da Copa de 2010 e vice-goleador do Mundial de 2014, tendo marcado cinco gols em cada uma das edições, o jogador do Bayern de Munique não conseguiu marcar um gol sequer no torneio disputado na França.


Endereço da página:

Links no texto: