Folha de S. Paulo


França tenta chegar à sua primeira final após aposentadoria de Zidane

Franck Fife/AFP
France's defender Patrice Evra (L), forward Olivier Giroud (2nd L), forward Kingsley Coman (2nd R) and France's defender Bacary Sagna (3rdR), France's defender Samuel Umtiti, and France's midfielder Blaise Matuidi (R) acknowledge the fans after France beat Iceland 5-2 in the Euro 2016 quarter-final football match between France and Iceland at the Stade de France in Saint-Denis, near Paris, on July 3, 2016. / AFP PHOTO / FRANCK FIFE
Jogadores da França comemoram classificação sobre a Islândia nas quartas de final

No dia 5 de junho de 2006, a França, liderada por Zinedine Zidane, comemorava a classificação para a final da Copa do Mundo de 2006. Nesta quinta (7), dez anos e dois dias depois, os franceses podem voltar a fazer uma celebração semelhante ao se classificarem para a final da Eurocopa, em Marselha.

Desde a aposentadoria de Zidane, após a derrota nos pênaltis para a Itália na decisão da Copa de 2006, a seleção francesa só acumula insucessos em grandes competições.

O time não passou da fase de grupos na Euro-2008 e na Copa-2010 e parou nas quartas na Euro-2012 e na Copa-2014 —esta última desclassificação foi justamente contra a Alemanha, adversária dos franceses na semifinal desta quinta, às 16h.

"Não podemos nos equiparar aos alemães em termos de experiência e número de partidas ou de semifinais e finais que eles disputaram", admitiu Didier Deschamps, técnico da seleção francesa. "Mas vamos dar o nosso melhor. Não quero ficar só na defesa. Nós temos capacidade de criar perigo", afirmou.

Uma vitória sobre os alemães e a consequente chegada à final ajudaria a diminuir o trauma de uma seleção que se acostumou com glórias no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, mas que tem dificuldade para recuperar o prestígio do passado.

Ainda mais para uma equipe que deixou de contar com um dos principais jogadores desta geração, o atacante do Real Madrid Karim Benzema.

Ele não foi convocado após ter sido acusado de chantagear seu companheiro de seleção Mathieu Valbuena.

"Nem tudo foi tranquilo, mas os jogadores fizeram o que era preciso. Eu acredito neles", disse Deschamps.

Efe/Efe
Jogadores da Alemanha comemoram classificação para a semifinal da Eurocopa após vitória nos pênaltis sobre a Itália, neste sábado
Jogadores da Alemanha comemoram classificação para a semifinal da Eurocopa

DESFALQUES

Ao contrário da França, que chegou à semifinal após uma vitória tranquila por 5 a 2 sobre a Islândia, a Alemanha só conseguiu a classificação nos pênaltis depois de jogar 120 minutos contra a Itália. O desgaste foi grande, e as lesões inevitáveis.

O atacante Mario Gomez e o volante Sami Khedira, titulares nas quartas de final, se machucaram e não poderão enfrentar a França. Assim como o zagueiro Mats Hummels, suspenso.

Menos mal para o técnico Joachim Löw que o volante Bastian Schweinsteiger, substituto de Khedira na partida contra a Itália, se recuperou de um estiramento no joelho direito e estará em campo.

Apesar dos problemas na escalação, o time alemão se mantém confiante para a partida contra a França.

"Sou otimista e acredito que vamos achar soluções, mesmo sem poder contar com esses jogadores. Não acho que sentiremos os desfalques com os companheiros que entrarão em campo", disse o atacante Thomas Müller.

Apesar da confiança, o jogador do Bayern de Munique evita fazer um paralelo desta semifinal com a da Copa de 2014, quando o time alemão goleou o Brasil —que também jogava em casa— por 7 a 1.

"Se existisse um paralelo, seria bom para nós. Mas não vou dizer que vamos ganhar de 7 a 1, isso seria demais."


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