Folha de S. Paulo


Com astros milionários, Gales e Portugal fazem duelo dos pragmáticos

Martin Meissner/AP Photo
Gareth Bale x Cristiano Ronaldo - semifinal da euro - eurocopa 2016 - comparações
Desempenho de Gareth Bale e Cristiano Ronaldo no Euro 2016
Bertrand Langlois/AFP
Gareth Bale x Cristiano Ronaldo - semifinal da euro - eurocopa 2016 - comparações
Desempenho de Gareth Bale e Cristiano Ronaldo na Eurocopa 2016

Companheiros no ataque do Real Madrid, Gareth Bale e Cristiano Ronaldo —as duas contratações mais caras da história do clube espanhol—, chegam à semifinal da Eurocopa, nesta terça-feira (5), com transmissão na Globo, Band e SporTV. As equipes de País de Gales e Portugal não encantaram, mas foram cirúrgicas no torneio.

Com apenas uma vitória e quatro empates, os portugueses liderados por Ronaldo são o segundo time que mais trocaram passes, mas os que menos fizeram gols entre os quatro semifinalistas.

Os seis gols anotados e os mais de 2.500 toques na bola revelam uma falta de efetividade no ataque de Portugal. A dificuldade é tamanha na criação das jogadas que o técnico Fernando Santos não repetiu nenhuma vez os quatro jogadores do meio de campo.

A força da equipe está na consistência defensiva e na estrela do três vezes melhor do mundo Cristiano Ronaldo, que a qualquer momento pode decidir a classificação, assim como fez na fase de grupos diante da Hungria.

Já os galeses do veloz e decisivo Bale vivem situação diferente, mas não menos decisiva.

Com quase mil passes a menos que Portugal, País de Gales é o vice-líder em número de gols feitos —já são dez. E isso pode ser explicado pela forma de jogo do time.

Com jogadores longe de serem grandes protagonistas em seus times, com exceção de Bale, a seleção de Chris Coleman tem como características a força física, a velocidade na transição entre meio e ataque e a espera por um erro do seu adversário.

"Os europeus têm a cultura tática como características. São seleções que priorizam a parte tática. Essa preocupação é cultural", afirmou o técnico da seleção brasileira em 1990, Paulo Roberto Falcão.

A tática de Gales ficou evidente no confronto das quartas de final, contra a Bélgica. Quando o jogo estava 1 a 1 e os belgas estavam melhores na partida, a equipe encaixou um contra-ataque e contou com o vacilo da zaga para passar à frente e tirar toda a empolgação do adversário.

Quem avançar no duelo das 16h (horário de Brasília) encontrará na final o vencedor entre França e Alemanha, que jogam na quinta. A decisão será disputada no domingo (10), às 16h.


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