Folha de S. Paulo


Messi erra pênalti, e Chile é bicampeão da Copa América

Assim como no ano passado, a Copa América deste ano foi decidida nos pênaltis. E a história, neste domingo (26), não mudou.

Após um 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, o Chile ficou com o bicampeonato da competição após vencer nos pênaltis por 4 a 2.

No ano passado, os chilenos faturaram a sua primeira taça na história. Naquela ocasião, o placar nos pênaltis ficou em 4 a 1.

Neste domingo, em Nova Jersey, nos EUA, Lionel Messi foi o protagonista, mas não como ele está acostumado.

Vencedor do prêmio da Fifa de melhor jogador do mundo por cinco vezes, o astro do Barcelona errou sua cobrança.

Esta é a terceira final seguida que Messi e seus comandado perdem. Além das Copas Américas, o time também foi derrotado na final da Copa do Mundo para a Alemanha, em 2014, no Brasil.

A Argentina aumenta um jejum sem títulos que já dura 23 anos. A última conquista aconteceu em 1993 também em uma Copa América.

O JOGO

O primeiro tempo ficou mais marcado pelos cartões vermelhos mostrados do que pelo futebol apresentado dentro de campo.

Com os ânimos exaltados, as duas equipes não evitaram os choques, e as discussões e desentendimentos foram inevitáveis.

Aos 15min de jogo, o chileno Marcelo Díaz levou o seu primeiro cartão. Doze minutos depois veio o segundo e consecutivamente a expulsão. As faltas foram feitas sobre Messi, e a partir deste lance o árbitro brasileiro Héber Roberto Lopes perdeu o controle da partida.

Ainda na etapa inicial foram mostrados mais três cartões amarelos e um vermelho. A nova expulsão foi de Marcos Rojo. Aos 41min, o lateral esquerdo da Argentina deu um carrinho em Vidal e foi punido direto com a exclusão da partida. Os argentinos reclamaram muito.

Mas a etapa inicial não se resumiu somente a problemas disciplinares. Teve bola em jogo. As melhores oportunidades foram criadas pelos argentinos. Aos 20min a mais clara de todas elas. O zagueiro chileno Medel era o último homem da zaga e em um vacilo perdeu a bola para Higuain. O atacante ficou cara a cara com o goleiro Bravo, deu um toque por cima e a bola saiu pelo lado esquerdo do gol. Medel, que tentou recuperar a bola, se chocou com a trave.

Em contrapartida, o Chile não deu um chute sequer no gol. No jogo das semifinais, a seleção argentina não sofreu nenhuma finalização dos EUA.

Na volta do intervalo, os jogadores tiveram mais cautela nos encontrões e o jogo teve menos contato físico. As chances claras de gol também foram raras.

O Chile começou melhor e conseguiu dar seu primeiro chute a gol aos 11min. Isla tentou de longe, mas a bola passou a direita de Romero. Aos 34min outra chance, desta vez com Alexis Sánchez. O atacante parou na defesa do goleiro argentino.

A Argentina, então, se lançou para o ataque em busca do gol. Com Messi, os comandados de Tata Martino tiveram grande chance com Agüero, aos 40min.

Logo em seguida foi a vez de Alexis Sanchez tentar para os atuais campeões da Copa América. O jogador do Arsenal recebeu cruzamento rasteiro de Beasejour e não conseguiu a finalização quase dentro da pequena área. Messi ainda teve mais uma chance para a Argentina, mas a prorrogação foi inevitável.

E as melhores oportunidades saíram exatamente no tempo extra. Primeiro foi com o Chile. Aos 8min, Vargas recebeu sozinho na área, cabeceou e Romero fez grande defesa. A resposta veio com Agüero, e na mesma moeda. Após cobrança de falta de Messi, o jogador do Manchester City subiu mais alto que a defesa e obrigou Bravo a realizar uma ótima defesa no ângulo.

Nos pênaltis, o Chile venceu por 4 a 2. Francisco Silva fez o gol do título chileno.


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