Folha de S. Paulo


Com quatro de Vargas, Chile atropela o México e passa para a semifinal

Omar Torres/AFP
Jogadores do Chile comemoram gol em vitória por 7 a 0 sobre o México na Copa América
Jogadores do Chile comemoram gol em vitória por 7 a 0 sobre o México na Copa América

Atual campeão da Copa América, o Chile deu mais um passo rumo à defesa do título em grande estilo neste sábado. Liderado pela atuação de gala de Eduardo Vargas, autor de quatro gols, avançou para a semifinal com uma goleada de 7 a 0 sobre o México.

Puch marcou dois e Alexis Sanchez fez outro para os chilenos, que saíram de campo com um problema considerável, apesar da vitória tranquila. Isso porque Arturo Vidal tomou cartão amarelo e está suspenso. Será um desfalque importante para a partida contra a Colômbia, que acontecerá na quarta-feira.

Os motivos pelos quais Vargas foi um dos grandes personagens da partida são óbvios. Afinal de contas, não é todo dia que alguém faz quatro gols em um mesmo jogo. A boa noção de posicionamento o levou a ter uma das suas melhores atuações da carreira. Mas também é justo destacar a atuação de Alexis Sanchez, muito importante para quebrar a marcação mexicana, abrir espaços no meio dela e facilitar a vida dos companheiros. O atacante do Arsenal fez um gol e deu passe para outros dois. Isso sem contar que foi um chute dele que levou ao rebote que resultou no terceiro gol de Vargas.

É difícil apontar um único responsável pelo fiasco mexicano, mas foi nítido o quanto o meio de campo foi dominado e o quanto isso favoreceu as ações ofensivas do Chile. O time teve posse de bola de 40% e abusou dos erros de passe nos momentos em que teve a bola nos pés. Isso gerou um número alto de desarmes do adversário, o que levou a boas oportunidades de se atacar com maior facilidade.

O México começou o jogo adiantando a marcação, buscando pressionar a saída de bola chilena na esperança de roubar alguma bola em boa condição de balançar as redes. Essa chance não apareceu. Pior ainda: o adversário conseguiu sair jogando e encontrou buracos para atacar do meio de campo para frente. Antes mesmo de Puch abrir o placar, aos 15 minutos, o Chile já havia criado uma boa chance e só não marcou porque Araujo apareceu na hora para travar a finalização de Puch, Esses buracos não foram corrigidos ao longo dos 90 minutos, pelo contrário: só aumentaram à medida que a goleada ficava mais elástica.

Os erros mexicanos facilitaram e muito a vida dos atuais campeões da Copa América, mas a qualidade técnica dos jogadores foi fundamental para que essa vantagem fosse de fato concretizada. O time errou poucos passes quando teve a bola nos pés e a marcação funcionou muito bem para conseguir desarmes precisos, algo que possibilitou atacar contra uma defesa mais desarrumada.


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