Folha de S. Paulo


Sergio Ramos não se intimidou com galácticos aos 19 anos e iguala Raúl

Para além de suas qualidades como defensor prodigioso, Sergio Ramos, 30, é tido como um jogador de personalidade forte e, agora se pode dizer, com considerável capacidade de decisão.

Foi assim neste sábado (28), quando marcou o único gol do Real Madrid no 1 a 1 (e vitória nos pênaltis), que deu o título da Liga dos Campeões ao clube.

Repetiu o que já tinha feito na decisão de 2014, também sobre o Atlético de Madri. A façanha de anotar gols pelo Real em diferentes finais de Ligas dos Campeões só foi alcançada antes por lendas do clube: Di Stéfano, Rial, Gento, Puskás e Raúl.

Nascido no pequeno município de Camas em 1986, localizado em Sevilha, na Espanha, Ramos formou-se nas categorias de base do time da cidade. Aos 17 anos de idade, fez sua estreia profissional. Em 2005, após apenas duas temporadas no Sevilla, foi contratado pelo Real Madrid pela cifra de € 27 milhões (cerca de R$ 109 milhões em valores atuais).

Foi recebido no clube pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que comandava o elenco que ficou conhecido como o dos "Galácticos", com Ronaldo, Beckham, Figo, Roberto Carlos e o hoje técnico Zinedine Zidane.

"Sergio Ramos é o mais completo [com quem trabalhei]. Tem qualidade técnica, força, personalidade e capacidade para comandar a linha [de jogadores]", definiu o Carlo Ancelotti, técnico do Real em 2014. Isso dito por alguém que que treinou defensores como Franco Baresi, Maldini, Thuram, Cannavaro, Stam, entre outros.

Ao chegar no time de estrelas com 19 anos, Ramos não teve dúvida em escolher a camisa que usaria. A de número 4, que acabara de se tornar vaga com a saída do ídolo do clube, o zagueiro Hierro, que a usou por 14 temporadas.

Tornou-se titular em pouco tempo e virou capitão do time desde a saída de Iker Casillas, em 2015.

"Sua capacidade de liderança é genética. Nasceu para ser capitão (...) Quando ele dá uma bronca, todos o olham e escutam. Não há o que retrucar, porque ele tem razão", defendeu Joaquín Caparrós, que foi seu técnico no Sevilla, em entrevista o jornal espanhol "El Mundo".


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