A ruptura de um duto localizado no subsolo da Arena Corinthians foi o que provocou a queda do guindaste que matou dois operários em novembro de 2013, durante a construção do palco de abertura da Copa do Mundo.
A conclusão foi apontada pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), em laudo entregue ao Ministério do Trabalho no fim do ano passado, revelado agora pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
O estudo feito pelo centro especializado mostra que depois da ruptura do duto de 1,2 m de diâmetro, o solo afundou e houve sobrecarga de peso na parte posterior esquerda do guindaste, fazendo com que o guindaste inclinasse demais, até virar.
O equipamento tombou quando erguia a última peça da cobertura da arquibancada, que pesa 420 toneladas. O motorista Fabio Luiz Pereira e o montador Ronaldo Oliveira do Santos morreram no acidente.
O resultado da investigação que durou quase dois anos foi ruim para a Odebrecht, construtora do estádio, já que ele critica o fato de não ter sido feita uma avaliação correta do solo antes da realização do procedimento, o que seria de responsabilidade da empreiteira.
DEFESA
A Odebrecht afirmou que "estudos realizados por renomados especialistas descartaram a possibilidade de o solo e/ou subsolo, incluindo as estruturas de drenagem, na área da operação do guindaste, ter sido a causa do acidente ocorrido durante as obras da arena".
A construtora diz ainda que o laudo do IPT "apresenta diversas inconsistências técnicas que serão oportunamente apresentadas. Além disso, ele é apenas mais um entre os demais estudos e evidências que estão sendo analisados pelas autoridades".