Folha de S. Paulo


Berlusconi negocia com grupo chinês a venda do Milan

O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi iniciou conversas exclusivas nesta terça-feira (10) com um grupo de investidores chineses para vender uma fatia majoritária do Milan, um dos bens mais estimados do magnata da mídia.

A Fininvest, holding da família de Berlusconi, informou ter assinado um memorando com o consórcio chinês em um encontro nesta terça para "iniciar negociações aprofundadas". A Fininvest não deu um prazo, mas uma fonte próxima ao assunto disse à agência Reuters que as conversas devem durar um mês.

"Os chineses estão avaliando o clube em até € 750 milhões, incluindo dívidas", disse a fonte.

Berlusconi, dono do Milan por mais de três décadas, busca vender o clube, criado em 1899 e que atravessa um dos piores momentos de sua história.

Atrás apenas do Real Madrid na lista dos maiores ganhadores da Liga dos Campeões (são sete títulos), o Milan não conquistou qualquer grande troféu nos últimos cinco anos e está em sétimo no Campeonato Italiano.

O clube, que relatou um prejuízo de € 93,5 milhões no ano passado, precisa de uma injeção de capital para financiar seus negócios e se colocar ao lado dos principais clubes europeus, muitos atualmente financiados por empresários estrangeiros.

Berlusconi está à procura de um comprador para o Milan há pelos menos dois anos. No meio de 2015, ele chegou a fechar um acordo com o milionário tailandês Bee Taechaubol, mas o negócio naufragou.


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