Folha de S. Paulo


Messi e Neymar vivem pior jejum de gols da dupla pelo Barcelona

Bastaram 12 dias para que o Barcelona passasse de badalado a questionado.

O período iniciou com a derrota no clássico contra o Real Madrid, em 2 de abril, e culminou com a eliminação nas quartas de final da Liga dos Campeões diante de outro time da capital, o Atlético, nesta quarta-feira (13).

A queda para a mesma equipe que tirou os catalães do torneio de clubes mais importante do mundo há duas temporadas coincide com o pior momento do trio MSN (Messi, Suárez e Neymar) desde que eles se juntaram na Espanha, em outubro de 2014.

Dos três, Messi e Neymar são os principais alvos de críticas pelo futebol abaixo da média nas últimas partidas. Com a camisa azul e grená, o argentino não marca gols há cinco jogos, sua pior marca desde abril de 2010.

A última vez que ele comemorou pela equipe da Catalunha foi em 16 de março, contra o Arsenal, pelas oitavas da Liga dos Campeões. Depois, passou em branco contra o Villarreal, Real Madrid, Real Sociedad e nos dois confrontos contra o Atlético.

Durante a pausa para jogos das seleções, o melhor jogador do mundo fez um gol contra a Bolívia e chegou à marca de 499 na carreira. O 500, porém, ainda não veio.

Neymar, por sua vez, está há quatro partidas sem balançar as redes. Apesar de o brasileiro já ter passado por jejum igual nesta temporada, é a primeira vez que ele e Messi, juntos desde agosto de 2013 no time, vivem fase tão negativa ao mesmo tempo.

Nos últimos nove jogos em que atuou pelo Barcelona, Suárez marcou quatro vezes. Fez dois contra o Atlético de Madri no jogo de ida, mas está bem abaixo da média de 0,98 que registra na atual temporada. Nesta quarta, ele não evitou a eliminação.

Segundo o jornal espanhol "El País", Neymar acabou 2015 "em modo turbo", mas atualmente é o reflexo da derrocada do Barcelona.

Após 16 gols em 22 jogos no segundo semestre do ano passado, em 2016 o brasileiro fez 11 em 23.

Ele, que na última temporada havia marcado em todos os jogos da Liga dos Campeões a partir das quartas de final, levando a equipe ao título, agora precisará lidar com o peso da queda.

PERIGO NA ESPANHA

Há três jogos sem vencer (duas derrotas e um empate) no Campeonato Espanhol, o Barcelona viu sua diferença de oito e 12 pontos para Atlético e Real Madrid, respectivamente, cair para três e quatro a seis rodadas do fim.

Além da liga espanhola, a equipe está na disputa da Copa do Rei, contra o Sevilla, marcada para o fim de maio.

"É evidente que não estamos em nosso melhor momento, mas temos que nos levantar. Ainda faltam coisas importantes", disse o técnico Luis Enrique, em referência às competições locais.


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