Folha de S. Paulo


Surfistas do Brasil tentam se recuperar em etapa com proteção contra tubarão

A terceira etapa do Mundial de surfe, em Margaret River, na Austrália, começa nesta quinta-feira (7). A primeira chamada para avaliar as condições do mar está marcada para as 20h30 (de Brasília).

Está será a terceira e última etapa da perna australiana do Mundial. A janela se encerra no dia 19. Depois, o campeonato vai para o Rio de Janeiro, em maio.

É a última chance para os brasileiros deixarem o país com maior tradição no surfe com ao menos uma vitória. Tanto na primeira (Gold Coast ) como na segunda etapa (Bells Beach ), o vencedor foi o australiano Matt Wilkinson.

Se falhar mais uma vez em Margaret River, o Brasil deixará a Austrália sem uma vitória pela primeira vez desde 2013.

Há três anos, Adriano de Souza, o Mineirinho, venceu em Bells Beach. Em 2014, Gabriel Medina ganhou em Gold Coast. Já em 2015, o Brasil conseguiu dois triunfos. Um com Filipe Toledo (Gold Coast) e outro com Mineirinho (Margaret River).

Neste ano, porém, o desempenho não tem sido muito positivo. O Brasil só conseguiu chegar até a semifinal. Primeiro com Filipinho, em Gold Coast, e depois com Ítalo Ferreira, em Bells Beach. Mas ambos perderam para Wilkinson, que lidera o ranking com 20.000 pontos.

O brasileiro melhor colocado na classificação é Ítalo, que tem 8.250 pontos e está na quinta posição ao lado dos australianos Mick Fanning e Stuart Kennedy.

Atual campeão mundial, Mineirinho (6.950) é apenas o décimo colocado.

PROTEÇÃO CONTRA TUBARÃO

A etapa de Margaret River esteve seriamente ameaçada de não fazer parte do calendário deste ano por causa da presença de tubarões no local.

No ano passado, o mundo do surfe sofreu um grande susto quando Fanning foi atacado por um tubarão branco em Jeffreys Bay, na África do Sul.

Para evitar um novo trauma, os diretores do Mundial estudam formas de proteção contra ataques.

Para a etapa de Margaret River, a organização vai instalar sonares nos jet skis. Essa tecnologia, ainda em fase de teste, detecta a presença de tubarões na área.

Cada surfista terá um jet ski à sua disposição. Caso haja alguma ameaça, eles serão deslocados imediatamente na direção do atleta.

Essas medidas só serão adotadas, pelo menos por enquanto, em etapas com grande risco de ataques de tubarão, como Margaret River e Jeffreys Bay.

Chamada - Mundial de Surfe


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