Folha de S. Paulo


Corintianos voltam a exibir faixas de protesto contra CBF, FPF e Capez

Neste domingo (14), no clássico entre Corinthians e São Paulo, a torcida organizada Gaviões da Fiel voltou a exibir faixas de protesto. No Itaquerão, logo após o início do segundo tempo, faixas com os dizeres "quem vai punir o ladrão de merenda" (em referência ao presidente da Assembleia paulista, Fernando Capez (PSDB), investigado na Operação Alba Branca), "futebol refém da Rede Globo", "ingresso mais barato" e "CBF, FPF, vergonha do futebol" foram levantadas.

O árbitro Luiz Flávio de Oliveira interrompeu a partida para pedir a retirada das faixas, e o zagueiro Felipe, capitão do Corinthians, chegou a pedir para os torcedores guardarem o material. Eles o fizeram somente cerca de cinco minutos depois.

Na quinta-feira (11), a torcida levantou faixas na partida contra o Capivariano pelo Paulista, o que desencadeou uma confusão com a Polícia Militar.

Segundo o artigo do Estatuto do Torcedor em que a PM se baseia, o 13-A, inciso quarto, os torcedores não podem "portar ou ostentar cartazes, bandeiras ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo".

Neste domingo, Capez recebeu um cartaz próprio por ser um antigo desafeto das organizadas devido a seu trabalho no Ministério Público nos anos 1990 contra essas organizações na tentativa de extingui-las.

Em 1995, o hoje deputado estadual até conseguiu acabar com duas organizadas, mas por pouco tempo. Após um confronto na final da Copinha entre a torcida Mancha Verde, do Palmeiras, e Torcida Independente, do São Paulo, que ocasionou a morte de um são-paulino, Capez, Promotor de Justiça, pediu a extinção das duas torcidas. O fim das organizadas aconteceu, mas tempo depois voltaram com os nomes de Mancha Alvi Verde e Torcida Tricolor Independente.

A revolta da principal organizada do Corinthians diz respeito à punição imposta pela FPF em função do uso de sinalizadores na final da Copa São Paulo. Desde o início do Paulista, a Gaviões está proibida de abrir faixas nos estádios. Em represália, a torcida já realizou dois protestos na sede da federação.

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