Folha de S. Paulo


Vice do São Paulo nega soco em Aidar, mas diz que o segurou pelo pescoço

Ricardo Nogueira - 21.abr.2015/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 21-04-2015, 16h00, TREINO DO SAO PAULO, ESPORTES: Presidente Carlos Miguel Aidar (e), tecnico Milton Cruz e vice-presidente Ataide Gil Guerreiro (d) durante treino realizado no CCT da Barra Funda, zona oeste da capital. (Foto: Ricardo Nogueira/Folhapress) ***exclusivo Folha***
Aidar acompanha treino do São Paulo ao lado de Milton Cruz e Ataíde Gil Guerreiro, em abril de 2015

O vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro, afirmou em depoimento no comitê de ética do clube que não deu um soco em Carlos Miguel Aidar.

Em sua explanação, na manhã desta quinta-feira (11), o cartola disse que encostou a mão no rosto do ex-presidente e também o segurou pelo pescoço.

O episódio aconteceu em 5 de outubro do ano passado, em uma reunião em um hotel na capital paulista.

Depois do ocorrido, em 13 de outubro, Aidar renunciou ao cargo –Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, assumiu interinamente e depois foi eleito para terminar o mandato, que vai até abril do ano que vem.

A briga e as acusações feitas por Ataíde sobre o ex-presidente provocaram a abertura de um procedimento no comitê de ética, para investigação interna de supostos desvios de dinheiro na gestão passada.

Para sua defesa, Aidar contratou um dos mais renomados advogados criminalistas do Brasil, José Luis de Oliveira Lima.

NAMORADA DO EX-PRESIDENTE

No depoimento, Ataíde levou ao comitê uma nova suposta prova contra Carlos Miguel Aidar.

O vice são-paulino entregou um e-mail que teria sido enviado pela namorada do ex-presidente, Cinira Maturana, sobre as negociações para uma possível venda do zagueiro Rodrigo Caio, que não se concretizou.

Desde pouco antes da renúncia do cartola, já se comentava nos bastidores do Morumbi que Cinira teria atuado como intermediária das conversas e teria inclusive viajado para a Espanha para participar das reuniões. A direção tricolor, porém, sempre negou.

Cinira Maturana é acusada de participar de negociações de vários contratos e receber comissão em alguns casos.


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