Folha de S. Paulo


Diretor vira 'superexecutivo' da CBF ao ganhar novo cargo na entidade

Rafael Ribeiro/CBF
O diretor Financeiro da CBF, Rogério Caboclo, vem expondo em seguidas entrevistas a posição da CBF, com o aval dos clubes do Campeonato Brasileiro, sobre os aspectos que a entidade considera inviáveis na Medida Provisória 671, a MP do Futebol. Nesta quinta-feira, Caboclo deu entrevista aos jornalistas Alexandre Lozetti e Vicente Seda, do blog Bastidores F.C., do site globoesporte.com, em que ressalta o caráter inconstitucional e intervencionista da MP.
Rogério Caboclo, diretor executivo de gestão da CBF

Uma das primeiras atitudes de Antonio Carlos Nunes como presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) foi dar novo cargo ao diretor financeiro da entidade.

Rogério Caboclo é agora, também, diretor executivo de gestão. A Folha apurou que o acúmulo de funções transforma Caboclo no principal executivo da entidade, que desde 3 de dezembro teve três presidentes.

Na quinta (7), Marco Polo Del Nero pediu nova licença do cargo, para tratar de sua defesa às acusações de corrupção, e indicou desta vez Nunes, vice eleito no mês passado.

Dois dias antes, na terça (5), Del Nero havia reassumido a presidência e tirado da interinidade outro vice, o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES). No momento, Del Nero considera Nunes mais próximo a ele do que Vicente.

"É um cargo mais abrangente, que terá como função implementar as diretrizes da CBF", disse Caboclo à Folha.

Divulgação/CBF
O presidente da Federação Paraense de Futebol, Antônio Carlos Nunes, foi eleito vice-presidente da CBF
O paraense Antonio Carlos Nunes, presidente interino da CBF

Coronel Nunes, como é conhecido o presidente da Federação Paraense de Futebol, não tem experiência em comandar uma confederação do tamanho da CBF, e Caboclo será o responsável por efetivamente administrar a entidade.

"As diretrizes a seguir serão definidas pelo presidente Nunes", disse Caboclo.

Fica em aberto como será agora a atuação na entidade do secretário-geral, Walter Feldman, que desde que Marco Polo assumiu, em abril de 2015, era o seu braço-direito na administração da entidade.

"Continuarei trabalhando ao lado do Feldman", disse Caboclo.

Del Nero foi indiciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sob a acusação de receber propina em negociação de direitos comerciais de torneios da Conmebol e da CBF, o que ele nega. Del Nero também sofre investigação na Fifa, que pode suspendê-lo do futebol.


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