Um dos principais jogadores em atividade nas ligas nacionais, o cubano Leal, 27, recebeu na quarta-feira (15) a nacionalidade brasileira.
A concessão foi publicada no Diário Oficial da União, em portaria da Secretaria Nacional de Justiça. Isso abre a possibilidade de Leal, que joga pelo Cruzeiro desde 2012, defender a seleção brasileira.
O ponta é o destaque do time mineiro, que detém o bicampeonato nacional e conquistou o título mundial de clubes em 2013 e 2015. Leal jogou pela seleção cubana e chegou a ser vice-campeão mundial com seu país –perdeu justamente a final do Mundial da Itália, em 2010, para o Brasil.
A brecha de atuar pelo país que adotou é bem vista pelo atacante. "Não sou eu que decido, não é comigo. O que eu posso dizer é que se eu for chamado para defender o Brasil eu teria o maior orgulho."
O técnico da seleção masculina nacional, Bernardinho, já manifestou neste ano interesse em contar com o jogador.
"Estou muito feliz por ter conseguido a naturalização brasileira. Me acostumei a esse país e considero Belo Horizonte minha casa", complementou o jogador, de 2 m e 104 kg, nascido em Havana.
O processo de naturalização dele começou no início do ano, quando ele solicitou residência permanente. Agora, ele poderá dar entrada no pedido de documentação brasileira.
IMPEDIMENTO
A possibilidade de Leal atuar pelo Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, porém, é remota.
A FIVB (Federação Internacional de Vôlei) determina que atletas só podem atuar por uma nova seleção dois anos depois de concluído o processo de naturalização. A entidade também tem de homologar a troca de nações.
Restaria ao país tentar uma anuência ou solicitar uma alteração de regra à federação internacional, o que é pouco provável de acontecer.