Folha de S. Paulo


Chefe de arbitragem rebate Prass e nega acobertamento de erros

Criticado pelo goleiro do Palmeiras, Fernando Prass, nesta quinta-feira (26), o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, rebateu à Folha a acusação do jogador de que estaria dando entrevistas para acobertar erros dos árbitros.

"Não acobertamos erros de árbitros, tanto que divulgamos algumas ações de treinamento durante o ano. Os clubes procuram resolver suas questões internamente. Não observamos nenhum treinador ou jogador condenando seus companheiros publicamente", enfatizou.

"Este ano a Cruzada pelo Respeito [campanha da CBF] trouxe ganhos reais para o futebol, com mais tempo de bola em jogo, menor número de faltas desde 1988, enfim, a arbitragem age com equilíbrio e razão, esperando que as emoções fiquem para os torcedores", completou.

Corrêa ainda ressaltou que tem conhecimento para comentar sobre o tema, e apontou que o acesso a imagens

"Tenho minha opinião sobre o tema. Não me atrevo a falar de técnica, qualidade ou forma de ser dos agentes do futebol, pois entendemos que eles são 'experts' nisto. De arbitragem podemos falar com absoluta certeza. Como são situações interpretativas, se perguntar cada um tem a sua. Como no futebol as decisões são num piscar de olhos, às vezes os que participam do esporte não têm imagem, zoom, etc.", analisou.

Ele ainda aproveitou para reforçar sua opinião de que a não marcação de um pênalti em Barrios aos cinco minutos do segundo tempo da partida entre Santos e Palmeiras, nesta quarta (25), não foi entendida como um erro de Luiz Flávio de Oliveira pela comissão de arbitragem.

"Conversei com alguns jornalistas e no pênalti existem opiniões divergentes. É um lance interpretativo, nem as imagens permitem concluir se foi pênalti ou não", afirmou.

Antes da reclamação de Prass, ainda na quarta-feira (25), o presidente Paulo Nobre também mostrou indignação com a atuação de Oliveira, dizendo que "o Palmeiras foi vergonhosamente prejudicado."


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