O atacante Gabriel, autor do gol da vitória do Santos por 1 a 0 no clássico contra o Palmeiras, nesta quarta-feira (25), na Vila Belmiro, exaltou a própria superação pessoal vivida durante a partida. O camisa 10 santista havia perdido um pênalti ainda aos 5min do primeiro tempo.
"Bati forte, no canto, tentando tirar do Prass, mas a bola acabou pegando na trave", justificou, ainda no primeiro tempo.
"Eu acho que eu bati bem, mas Deus é maravilhoso comigo, me abençoou com esse gol", emendou o jogador, artilheiro da competição, com oito gols.
O gol solitário de Gabriel, aos 33 min do segundo tempo, aproveitando participação efetiva do centroavante Ricardo Oliveira, salvou o Santos de ir para o segundo e decisivo jogo sem nenhuma vantagem construída.
A equipe, praticamente, monopolizou as melhores chances da partida, uma delas perdida pelo próprio Oliveira e a principal, já nos acréscimos, com Nilson.
Já o lateral direito do Santos Victor Ferraz deixou a primeira das finais externando ter vivido um "milagre" por ter atuado no confronto.
O camisa 4, titular da equipe dirigida pelo técnico Dorival Júnior, alegou que na última semana tinha dificuldades até mesmo para andar, ainda em decorrência de uma lombalgia mecânica aguda que o afastou por quase dois meses dos gramados.
"Se a gente conseguisse fazer dois ou três gols seria surpresa por ser um clássico. Nossa vantagem é boa, eles precisam fazer gols, a vantagem não é pouca. Tenho que glorificar a Deus por estar em campo, há uma semana eu nem andava. Hoje eu joguei por um verdadeiro milagre", disse o jogador.
Antes da lesão, Ferraz era o jogador do atual elenco com mais partidas. Após longo tempo de afastamento, com rejeição a antibióticos, voltou somente no último domingo (22), na derrota por 1 a 0 para o Coritiba, fora de casa, em jogo em que Dorival optou por poupar os titulares.
O atleta ainda era dúvida para iniciar o jogo devido ao longo período de inatividade, quando foi substituído por Daniel Guedes, uma das crias da base santista.
Na competição, o regulamento agora não concede mais ao finalista a vantagem em caso de gols marcados fora de casa. Para ser campeão, o Santos precisa, pelo menos, de um empate.