O jogo em São Januário nem tinha acabado e o meia Renato Augusto já chorava no banco de reservas -tinha dado lugar a Rodriguinho no segundo tempo. Quando foi confirmada a vitória do São Paulo sobre o Atlético-MG (4 a 2), e o título estava garantido, o jogador pulava com outros atletas no banco, sempre chorando.
Aos 27 anos, o meia revelado pelo Flamengo, com passagem pelo Bayer Leverkusen e histórico de lesões, admitiu que pensou que nunca mais jogaria futebol em alto nível.
As boas atuações neste ano o levaram de volta à seleção. Na terça, fez o seu primeiro gol com a camisa nacional na vitória contra o Peru, por 3 a 0, na Bahia.
"A vida é uma roda gigante. Já fiquei muito tempo lá em baixo. Quero agora ficar muito tempo aqui em cima", afirmou o meia.
"Achei que teria que jogar em um mercado mais abaixo, que não conseguiria mais atuar em alto nível. Mas graças ao Bruno [Mazziotti, fisioterapeuta], ao doutor Joaquim [Grava, médico], a todos os fisioterapeutas, consegui voltar para a seleção", afirmou.
O jogador classificou Tite como um "pai". "Ensinou muito a todos, é um cara espetacular", disse.