Folha de S. Paulo


Gerente do Palmeiras diz que há covardia no comando da arbitragem

Heuler Andrey/Dia Esportivo/Agência O Globo
Curitiba (PR), 18/11/2015, Futebol / Atlético-PR x Palmeiras - Partida entre Atlético-PR e Palmeiras na Arena da Baixada em Curitiba-PR, pelo Campeonato Brasileiro de Futebol Série A 2015. Na foto: Jogadores do Palmeiras protestam contra árbitro Dewson Freitas da Silva. Foto: Heuler Andrey / DiaEsportivo / Agência O Globo ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Jogadores do Palmeiras protestam contra o árbitro Dewson Freitas da Silva

As reclamações de arbitragem dos jogadores do Palmeiras durante o empate com o Atlético-PR ganharam coro na voz de Cícero de Souza, gerente de futebol do clube, no fim da partida.

Ele disse que normalmente o clube não se manifesta sobre o assunto, mas que desta vez seria necessário fazê-lo.

"O Palmeiras não vai responsabilizar a arbitragem pelo resultado ou pelos gols do Atlético-PR. Essa covardia vem de cima. Desafio o senhor Sérgio Corrêa [presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF] a responder duas perguntas. Primeiro, se a falta do terceiro gol do Atlético-PR foi cobrada no lugar certo. Segundo, por que a falta do Palmeiras que foi cobrada fora de lugar não valeu?, questionou.

Para Souza, uma suposta omissão de Corrêa a respeito dos erros no apito reflete no desempenho dos juízes. "Ele [Dewson Freitas da Silva] se deixou influenciar pelo ambiente. O árbitro brasileiro toma a decisão que é melhor para si e não para o jogo", afirmou.

Ao sair de campo após ser expulso, Robinho disparou contra o árbitro. "Ele é tão ruim que xingamos ele de todos os nomes e ele não expulsou ninguém", disse.

O volante Arouca, questionado se o clima de nervosismo no fim do jogo era necessário, disse apenas "pergunte para o juiz". Já Dudu, um dos mais irritados, não se pronunciou.

OUTRO LADO

Sérgio Corrêa foi ouvido pela rádio Globo e preferiu não polemizar com o gerente de futebol do Palmeiras.

"Não conheço o senhor Cícero, acho que ele também não me conhece. Não preciso medir força. Foi uma força de expressão que ele usou, mas demonstrou tranquilidade, serenidade. A palavra covarde deve estar em um contexto de provocar para que eu fale. Sempre falarei quando achar necessário. Não ficarei todas as rodadas comentando as partidas", afirmou.

Sobre os lances reclamados pelas jogadores palmeirenses, ele deu razão a Dewson Freitas da Silva.

"O árbitro pede a barreira quando é o caso. Na intermediária, não é necessário. A bola estava até um pouco atrás do local onde foi a infração. Ou seja, não houve nenhuma infração à regra. Bateu, fez o gol, nenhum problema", disse o chefe da arbitragem.

"O segundo lance é diferente, porque o defensor do Atlético-PR protege sua defesa, fica à frente da bola, enquanto o árbitro posiciona a barreira. O jogador do Palmeiras chuta a bola em cima do jogador adversário, com a nítida intenção de provocar o cartão amarelo. Ali, o árbitro é obrigado a pedir que o jogador se coloque a 9,15 m. É um lance totalmente diferente. Ele pode até julgar como semelhante, mas não é", completou.

Com Lancepress


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