Folha de S. Paulo


Palmeiras testa solução para meio de campo inoperante contra o Atlético-PR

Fabio Menotti - 16.nov.2015/Ag. Palmeiras/Divulgação
Marcelo Oliveira observa treino do Palmeiras em Atibaia
Marcelo Oliveira observa treino do Palmeiras em Atibaia

Com duas vitórias, um empate e cinco derrotas nos últimos oito jogos do Campeonato Brasileiro, a atual inoperância do meio de campo do Palmeiras ganhou evidência.

Cada vez mais distante do G4 —hoje ocupa a 10ª colocação—, a equipe de Marcelo Oliveira deve começar a testar mudanças no setor nesta quarta-feira (18), contra o Atlético-PR, fora de casa.

Em relação aos números dos primeiros colocados do Brasileiro, os meias do Palmeiras mostraram pouco poder de decisão até o momento.

Em 34 jogos, apenas seis dos 54 gols da equipe saíram dos pés de meio-campistas.

Comparativamente, o líder Corinthians contou com 27 tentos de jogadores da posição, 13 deles de Jadson.

No vice-líder Atlético-MG, os meias fizeram 15 gols, enquanto os de Grêmio e Santos, empatados, marcaram 13.

A escassez de gols pode ser explicada pela distribuição dos atletas e suas características.

Os atuais volantes da equipe, Amaral e Matheus Sales, não têm a mesma qualidade na saída de bola dos lesionados Gabriel e Arouca.

Com isso, o atacante Dudu, que joga centralizado desde o meio do campeonato, fica sobrecarregado na função criativa nessa região do campo.

"O Marcelo Oliveira deslocou o Dudu do lado do campo para o centro, mas ele continua cumprindo a mesma função, que é a de atacar. O Robinho arma o jogo pela direita, e o Dudu continua como atacante, mas pelo meio", aponta Paulo Vinícius Coelho, colunista da Folha.

Editoria de Arte/Folhapress
Meias do Palmeiras têm dificuldade de participar
Meias do Palmeiras têm dificuldade de participar

Veloz e driblador, Dudu tem dificuldades de segurar a bola e cadenciar o jogo. Diante disso, o time tem apostado nos lançamentos diretos da defesa ao ataque, na maior parte das vezes (60%) errados.

Segundo coluna de Paulo Vinicius Coelho na Folha desta segunda (16), os jogadores entendem que o time joga muito aberto e que enfrentar o Santos na Copa do Brasil com esta formação seria muito arriscado. Uma das soluções sugeridas ao treinador seria colocar Robinho mais centralizado, participando mais da cadência das jogadas.

A volta do volante Arouca após sete jogos fora por lesão deve ajudar o meio alviverde a ser mais participativo.

ATLÉTICO-PR
Weverton; Eduardo, Kadu, Wellington e Roberto; Otávio, Barrientos, Sidcley, M. Guilherme e Nikão; Walter. Técnico: C. Borges

PALMEIRAS
Prass; Lucas, Jackson, V. Hugo e Zé Roberto; Amaral, M. Sales (Arouca) e Robinho; Dudu, R. Marques (G. Jesus) e Cristaldo. Técnico: M. Oliveira

Estádio: Arena da Baixada
Árbitro: Dewson Freitas (PA)
TV: 21h, SporTV

Colaborou JEAN FORRER, de São Paulo


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